A petroquímica francesa Total S.A. diz ainda ter confiança no Governo moçambicano, em particular nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), apesar do ataque militar registado na vila-sede do distrito de Palma, a pouco mais de 25 Km do estaleiro do Projecto Mozambique LNG em Afungi, que obrigou, mais uma vez, a interrupção dos trabalhos da construção daquela plataforma onshore.
Em comunicado de imprensa enviado à “Carta”, a petroquímica francesa afirma estar a acompanhar a situação atentamente, em conjunto com as autoridades e as equipas locais e expressa a sua solidariedade e apoio à população de Palma, aos familiares das vítimas e às pessoas afectadas pelos trágicos acontecimentos dos últimos dias.
“A Total tem confiança no Governo de Moçambique, cujas forças de segurança pública estão a trabalhar para retomar o controlo da área”, defende a companhia, que sublinha não ter registado qualquer vítima mortal entre as pessoas que trabalham no estaleiro do projecto em Afungi.
Aliás, devido à insegurança instalada em Palma, a companhia anunciou a suspensão da “remobilização do projecto que estava prevista no início da semana”, assim como reduziu, ao nível mínimo, a força de trabalho no estaleiro em Afungi, pois, sua prioridade “é garantir a segurança e a protecção das pessoas que trabalham no projecto”.
Lembre-se que o Governo criou, recentemente, um grupo especial de protecção da área em que está a ser desenvolvido o projecto de gás natural, denominado “Teatro Operacional de Afungi”, constituído pelas diversas especialidades da PRM e das FADM (Forças Armadas de Defesa de Moçambique).
Refira-se que o ataque à vila de Palma, norte da província de Cabo Delgado, aconteceu quase um dia depois de a Total anunciar a remobilização dos trabalhadores para dar continuidade das actividades de construção do Projecto Mozambique LNG em Afungi, que suspendera em Janeiro último, após um ataque terrorista nas proximidades do projecto. (Carta)