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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
segunda-feira, 28 dezembro 2020 03:30

Governo e Junta Militar sentam-se à mesa esta semana

Parece haver já luz verde para o início das conversações entre o Governo e a auto-denominada Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo, com vista a pôr termo aos ataques armados nas províncias de Manica e Sofala, região centro do país.

 

O sinal foi dado, semana finda, por Mariano Nhongo que, para além de declarar o cessar-fogo unilateral, anunciou a constituição de uma equipa para dialogar com o Governo de Filipe Nyusi. As conversações poderão arrancar ao correr da presente semana.

 

O líder da auto-proclamada Junta Militar destacou uma delegação composta por cinco elementos, que poderá chegar à capital moçambicana, Maputo, entre hoje (segunda-feira) e quarta-feira para dialogar com a sua contraparte.

 

A pré-disposição ao diálogo, manifestada por Mariano Nhongo, acontece depois do Presidente da República ter prometido, durante o informe sobre a Situação Geral da Nação, “desencadear operações rigorosas” contra o grupo pelo facto de continuar a protagonizar ataques armados.

 

Na ocasião, Filipe Nyusi disse, no entanto, que continuava aberta a janela de contacto, tendo em vista o estabelecimento do diálogo.   

 

Entretanto, uma semana depois da comunicação do chefe de Estado, em declarações à DW África, Mariano Nhongo anunciou que ordenara aos seus homens a parar com as incursões armadas. No entanto, Nhongo queixou-se de continuar a ser vítima de perseguições que estavam a ser desencadeadas pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS).

 

Ainda em declarações ao retromencionado meio de comunicação, Mariano Nhongo sublinhou que o cessar-fogo unilateral é resultado do diálogo que manteve com o enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas e Presidente do Grupo de Contacto, Mirko Mazoni. (Carta)

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