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segunda-feira, 28 dezembro 2020 05:25

Terrorismo em Cabo Delgado: "se experimentarem entrar aqui, vão encontrar uma resposta pronta" – Bernardino Rafael

Foi durante uma visita de trabalho realizada na última sexta-feira, 25, ao 7º batalhão das Forças de Defesa e Segurança (FDS) posicionado no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, que Bernardino Rafael, Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse à comunicação social que aquela unidade havia abatido 37 insurgentes, apreendeu 21 armas de fogo, 17 embarcações, 10 motorizadas, três viaturas e nove bicicletas usadas durante as incursões pelos insurrectos.

 

Enaltecendo o trabalho realizado pelos elementos do 7º batalhão, Rafael disse: "se eles experimentarem entrar aqui, vão encontrar uma resposta pronta, como aquela que vocês sempre têm dado". Ainda em Macomia, e perante a população, Bernardino Rafael explicou: "viemos pedir muita vigilância à população de Macomia, como eles ameaçaram atacar no dia 25. Mas com vossa vigilância e prontidão para denunciar no caso de aparecer qualquer estranho, vamos passar este período sem nenhum problema".

 

Entretanto, de fontes militares "Carta" apurou que, nos últimos dias, as FDS atacaram Awasse, no distrito de Mocímboa da Praia, que desde Agosto do presente ano foi assaltado pelos terroristas. No combate de Awasse, fontes militares explicaram que houve abate de 31 terroristas e morte de seis militares, estando neste momento a recuperar os outros 16 elementos das FDS feridos nos combates. As fontes garantiram que Awasse já se encontra sob controlo das FDS e que está sendo montado um quartel militar naquele importante ponto estratégico da província de Cabo Delgado.

 

De referir que, em Awasse, se encontra instalada a subestação eléctrica que alimentava os distritos de Mueda, Nangade, Palma e Mocímboa. Entretanto, desde Agosto, altura em que esta infra-estrutura foi vandalizada pelos terroristas, os distritos em questão tiveram de encontrar outros meios para iluminação. Os ataques em Cabo Delgado já perduram há três anos, tendo já provocado mais de duas mil mortes e acima de 560 mil deslocados internos espalhados pelos distritos e capitais provinciais do país. (O.O) 

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