As autoridades ambientais moçambicanas anunciaram hoje a apreensão entre 06 e 10 de julho de cerca de 1.200 toros de madeira cortada ilegalmente na Zambézia, no centro do país, durante uma operação de combate ao contrabando.
A madeira das espécies umbila, sândalo e messassa foi apreendida após denúncias populares durante a primeira fase da Operação Tranquilidade Florestal.
As equipas de fiscalização não encontraram os responsáveis pelo corte, suspeitando-se que terão abandonado a madeira no distrito de Mopeia ao aperceberem-se da vigilância.
“Eles abandonaram a madeira em busca de uma oportunidade para a recolher. Foi deixada estrategicamente”, referiu à Lusa Isaque Jalilo, delegado da Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (Aqua).
O total de 482 metros cúbicos de madeira tinham como destino a cidade da Beira, na província de Sofala, também no centro do país, e representa 800 mil meticais (10 mil euros) em receitas fiscais.
“Esta operação ainda vai continuar nos próximos dias porque temos tido resultados positivos”, sublinhou o responsável.
Vários relatórios nacionais e internacionais têm indicado que Moçambique está a ser palco de crimes ambientais, entre os quais o corte ilegal de árvores, alertando para as consequências dos altos níveis de desflorestação.
Como forma de diminuir a pressão sobre os recursos florestais, algumas medidas restritivas foram aplicadas nos últimos cinco anos para inverter o cenário.
Dados oficiais indicam que Moçambique perde anualmente, pelo menos, 140 milhões de euros devido ao contrabando de madeira. (Lusa)