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segunda-feira, 20 abril 2020 08:05

Covid-19: Portos moçambicanos e angolanos podem dinamizar resposta regional

Os portos moçambicanos e angolanos podem ser um motor para aliviar os impactos da pandemia do novo coronavírus na África Austral, considera a Directora regional do Programa Mundial de Alimentação (PMA) para África Austral e Oceano Índico, Lola Castro.

 

Em entrevista à ONU News, agência de informação das Nações Unidas, Castro apontou os portos de Maputo, Beira e Luanda (Angola) como “importantes para toda a região da África Austral”, neste momento em que o mundo tenta lutar contra a pandemia da Covid-19, sublinhando a necessidade de os mesmos manterem-se abertos.

 

Refira-se que os portos moçambicanos e angolanos são porta de entrada da mercadoria de alguns países do hinterland, com destaque para Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e República Democrática do Congo. Todos os países da região austral estão com fronteiras encerradas, no quadro das medidas de prevenção contra o novo coronavírus, que já infectou mais de 2 milhões de pessoas, em todo o mundo, das quais mais de 150 mil já foram declarados óbitos.

 

“A operação na África Austral, neste momento, estava dedicada à alimentação das pessoas atingidas pela seca e também por aqueles ciclones que atingiram Moçambique, como o Idai e o Kenneth, no ano passado. Neste momento, estamos a trabalhar de uma maneira diferente devido à Covid-19. Quando chega à nossa região, a Covid-19 afecta aquelas pessoas que são exactamente vítimas de insegurança alimentar. Tanto nas zonas rurais como nas zonas urbanas”, defendeu a fonte.

 

De acordo com a ONU News, com a transmissão activa do vírus, há grupos que têm merecido atenção, incluindo pacientes de outras enfermidades. Acrescenta ainda haver populações que enfrentam a desnutrição e que foram obrigadas a se movimentar de áreas de origem ou que estão a passar fome, devido ao aumento dos preços dos alimentos, perdas de gado e crescente desemprego.

 

“Especialmente, temos visto, também em Angola, como os refugiados no norte do país têm tido muitos problemas para continuar a sua repatriação para a República Democrática do Congo. Desta maneira, estamos a ver que a Covid-19 está a afectar de uma maneira muito grande países como Moçambique e Angola nesta região”. (Carta)

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