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“A acção correcta, em relação ao tratamento de pessoas com Covid-19, não vai depender do número de profissionais de saúde. Vai depender, sim, da possibilidade e da capacidade que nós temos de fazer a prevenção. Nenhum sistema, no mundo, vai aguentar a pressão, se a prevenção falhar”. Esta é a tese defendida pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, sobre a melhor forma de combater o novo coronavírus, um dia após a confirmação do primeiro caso, em Moçambique.
Tiago falava, esta segunda-feira, em Maputo, à sua saída da reunião entre o Governo com os parceiros internacionais, havida na manhã de ontem, com objectivo de discutir as consequências que o Covid-19 trará ao país.
Questionado pela imprensa, sobre a insuficiência dos médicos para fazer face ao Covid-19, Armindo Tiago afirmou que a orientação do Governo é direccionada para aquilo que é arma mais importante para evitar a sobrecarga do sistema de saúde: a prevenção.
Segundo o Ministro da Saúde, o nosso sistema de saúde tem o Covid -19 como “factor aditivo”, pois, “ele já tem uma data de doenças, um conjunto de doenças a que se deve dar respostas. Por cima disso, deve se dar a resposta adequada para tratar casos de Covid-19”, sublinhou.
Noutro desenvolvimento, Tiago afirmou que os parceiros manifestaram a vontade de apoiar o governo e que iriam fazer a actualização do orçamento, que poderá variar entre 30 milhões de USD e 50 milhões de USD, em virtude do aumento da necessidade de medicamentos e material de protecção individual. Amanhã, quarta-feira, garantiu o Ministro, será anunciado o valor total e as áreas de actuação.
Sobre a capacidade do país em combater a doença, repisou: “temos em cada uma das capitais provinciais uma unidade seleccionada para ser o centro de isolamento. Na Cidade de Maputo, temos mais capacidade porque temos duas unidades sanitárias no sistema público, mas também vamos ter apoio do sistema de saúde privado que vai providenciar equipamento com número de casos”.
Relativamente à formação do pessoal médico, o Ministro da Saúde sublinhou que o processo “é contínuo” e que “estamos em fase adiantada de conclusão de todos os pacotes de formação com base em pacotes e protocolos de tratamento que foram elaborados pelo Ministério de Saúde”. (O.O.)
