À Académica, o STAE entregou os dois lotes relativos ao fornecimento de material de votação e formação para Eleições Gerais e Legislativas e material de votação e formação para Assembleias Provinciais. O primeiro é avaliado em 829.989.221,92 Mts e o segundo em 154.938.468,32 Mts.
Neste concurso participaram sete empresas e, de acordo com documentos a que “Carta” teve acesso, a Académica apresentou a segunda proposta mais cara entre os concorrentes, no que tange ao primeiro lote. A oferta mais cara para o primeiro lote, da desconhecida Xenith Média, era de 844.620.955,86 Mts e a mais baixa, curiosamente, pertencia a Escopil, que apresentou uma proposta de 334.405.805,27 Mts.
Outros cinco concorrentes apresentaram as seguintes propostas: A Sotux propôs 611.240.191,95 Mts para o primeiro lote e 183.784.014,13 Mts para o segundo lote; a Sisonke, Lda. apresentou uma proposta de 528.034.546,58 Mts para o primeiro lote e nenhuma para o segundo lote; a CC Investimentos colocou na mesa uma proposta de 609.200.051,51 Mts para o primeiro lote e 388.901.908,78 Mts para o segundo lote; e a NSK Investimentos, Lda. propôs de 170.630.788,07 Mts para o segundo lote e nenhuma oferta para o primeiro lote.
Com a segunda proposta mais cara para o primeiro e mais importante lote (material de votação) a Académica voltou a ganhar, deixando furiosos os restantes concorrentes, que lançam alegações sobre uma “promiscuidade sem fim” entre os órgãos da CNE (incluindo o seu presidente) e a empresa liderada por Rafik Sidat. (Abílio Maolela)