Filipe Nyusi disse que, antes de partir para aquele país do Magrebe, falara com o Ossufo Momade, de quem recebera garantias de que tudo vai correr conforme o acordado e que o cronograma seria cumprido à letra.
"Antes de ontem (quinta-feira) falei com Ossufo Momade e não senti nenhuma alteração do previsto. É um problema que a Renamo tem e ele me disse que aqueles são, de facto, da Renamo. Em todas as organizações há problemas e é preciso que ele encontre equilíbrio que consiga responder aos anseios de todos", disse o PR, neste sábado, em Cairo.
O mais alto magistrado da nação detalhou que as comissões de trabalho continuam a manter os encontros de trabalho e que ainda hoje (segunda-feira) voltariam a sentar-se à mesa para mais um encontro de trabalho.
"Antes de ontem (quinta-feira) houve mais um encontro dos grupos de trabalho e na segunda-feira (hoje) haverá encontros para dar seguimento aos trabalhos no calendário das coisas que estamos a fazer", anotou o Chefe de Estado.
Filipe Nyusi fez estes pronunciamentos depois de, na passada quinta-feira, a Renamo ter apresentado Josefa de Sousa, agora Major Geral, que era dado como morto, tal como avançou Mariano Nyongo, um estratega militar do falecido líder do partido, Afonso Dhlakama.
Mariano Nyongo, recorde-se, acusou, há dias, o presidente do seu partido de ter golpeado aquela formação política e executado os homens, que eram leais ao anterior presidente do partido.
Nyongo disse, igualmente, que o braço militar da Renamo não mais devia obediência a Ossufo Momade e que não iriam entregar as armas, no quadro do processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR), tido como crucial para a assinatura do terceiro acordo de paz, no país, depois dos de 1992 (Roma) e de 2014 (Maputo). (Carta)