A cerimónia de apresentação contou com presença de um numeroso grupo de guerrilheiros daquele partido, que acompanhou, de perto, as declarações prestadas pelo agora Major General da força residual do maior partido da oposição.
Josefa de Sousa reaparece uma semana depois de Mariano Nyonga, também Major General, que se assume estratega militar do falecido presidente do partido, Afonso Dhlakama, ter dito que ele fora assassinado pelo actual presidente, Ossufo Momade.
Aliás, Nyonga disse que Josefa de Sousa tombara, no passado dia 3 de Junho, depois de ter sido alvejado por um total de cinco tiros. Para além do agora Major General, Josefa de Sousa, Mariano Nyonga disse, à data, que Ossufo Momade fuzilara, igualmente, os brigadeiros Tayo e Mponha.
Na hora de apresentar as razões por detrás do seu “suposto” desaparecimento dos holofotes, uma vez que a sua última aparição pública foi aquando do Congresso do partido, realizado em Janeiro último, Josefa de Sousa começou por desdramatizar a situação, afirmando que nunca esteve desaparecido e que, na verdade, foi movimentado de uma base para outra, acto que considera completamente normal.
Neste âmbito, contou aos jornalistas que foi movimentado donde se encontrava anteriormente para a base de Inhaminga, onde se encontra até este momento.
De Sousa disse que, no quadro das movimentações, foram, igualmente, transferidos os brigadeiros Tayo e Mponha, sendo que o primeiro seguiu para a base Chuala, na província de Manica, e outro para Muxúnguè. Entretanto, Josefa de Sousa disse, aos berros, que já há um mês não mantém qualquer contacto com os seus dois colegas e com a sua família, precisamente porque os seus dois telemóveis entraram na água e porque, actualmente, está numa zona com sérios problemas de comunicação de voz e dados.
“Essa coisa de que Josefa estava detido não é verdade. Não estive detido. Fiquei muito tempo sem me comunicar com a família, porque os meus telefones caíram na água e nunca recuperei os cartões. Eu estava em missão de serviço e na zona, onde eu estava a trabalhar, não havia rede e não me podia deslocar para outro lugar só para me comunicar com a família”, disse Josefa de Sousa.
Sobre os pronunciamentos de Mariano Nyongo, em que o dava como morto e apontava como principal responsável o presidente do partido, De Sousa, cauteloso, disse que não tinha mandato para se debruçar sobre os mesmos na comunicação social. De Seguida, disse que não havia qualquer motivo para fazer soar os alarmes, pois, tratava-se de assuntos de índole doméstico e que seriam resolvidos internamente.
“Todos os combatentes estão com Ossufo Momade e só estamos à espera de irmos ao acantonamento, em Maputo”, sentenciou. (I.B.)