A União Europeia (UE) manifestou hoje, terça-feira, 14, disponibilidade para apoiar Moçambique a ultrapassar a grave crise política que o país atravessa, na sequência dos contestados resultados das eleições gerais de 09 de Outubro de 2024.
“A União Europeia e os estados membros [da comunidade] poderão apoiar esse processo” de resolução da crise política que assola o país, refere uma nota da delegação da União UE, a que Carta teve acesso.
O comunicado foi emitido depois de um encontro entre o embaixador da UE, Antonino Maggiore, e os presidentes do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), Albino Forquilha, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Momade Ossufo, e da Nova Democracia (ND), Salomão Muchanga.
A nota avança que a reunião aconteceu a pedido dos líderes das três formações políticas.
“Os líderes destes três partidos apresentaram o ponto de situação do diálogo político em curso com vista a superar a actual situação em Moçambique e trocaram impressões sobre o modo como a União Europeia e os estados membros poderão apoiar este processo”, pode ler-se na nota.
Moçambique está mergulhado numa profunda crise política provocada pela contestação da oposição aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro, marcada por manifestações que resvalaram para uma repressão brutal das forças policiais e saques e destruição de bens públicos e privados por manifestantes.
Vários relatórios independentes estimam em mais de 400 pessoas que morreram e outras centenas que ficaram feridas, como resultado da violência policial e dos tumultos, no contexto das manifestações mobilizadas pelo segundo candidato presidencial mais votado, Venâncio Mondlane. (Carta)