Em entrevista à “Carta”, Raúl Domingos disse que o regresso possa acontecer antes das próximas eleições gerais de 2019. “No diálogo que estabeleci com a direção do partido ficou claro que o assunto seria visto depois do processo das eleições autárquicas”, disse ele, pondo de lado a pretensão de lutar pela liderança da Renamo. Ele entende ser urgente que a Renamo realize um congresso para a eleição do sucessor de Afonso Dhlakama. Para ele, a atual situação em que se encontra com um coordenador “fragiliza a organização do ponto de vista de tomada de decisões”.
Domingos diz que, não obstante o seu afastamento, “em nenhum momento virei as costas à Renamo. Eu alinho com a Renamo. Politicamente a Renamo é o meu berço”. Depois de ser expulso da Renamo, Raúl Domingos criou o Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), que não ganhou expressão parlamentar. Aos 61 anos de idade, Raul Domingos, vive de uma pensão militar (Major-General) e possui ações nas empresas Cervejas de Moçambique e Águas da Região de Maputo.
A primeira dá-lhe dividendos. A segunda nem migalhas.
(G.S.)