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BCI
quinta-feira, 22 novembro 2018 03:08

Raul Domingos de regresso ao “berço”

raul domingos pddO regresso de Raúl Domingos à Renamo parece estar cada vez mais próximo. Depois das autárquicas de Outubro passado, novos desenvolvimentos se esperam na marcha de volta ao seu berço político do negociador chefe da “perdiz” do Acordo Geral de Paz, assinado em 1992 em Roma. Raúl Domingos, o antigo número dois da Renamo, afastado desta formação politica no ano 2000 acredita que pode ajudar a colocar a “perdiz” no poder em Moçambique.


Em entrevista à “Carta”, Raúl Domingos disse que o regresso possa acontecer antes das próximas eleições gerais de 2019. “No diálogo que estabeleci com a direção do partido ficou claro que o assunto seria visto depois do processo das eleições autárquicas”, disse ele, pondo de lado a pretensão de lutar pela liderança da Renamo. Ele entende ser urgente que a Renamo realize um congresso para a eleição do sucessor de Afonso Dhlakama. Para ele, a atual situação em que se encontra com um coordenador “fragiliza a organização do ponto de vista de tomada de decisões”.


Domingos diz que, não obstante o seu afastamento, “em nenhum momento virei as costas à Renamo. Eu alinho com a Renamo. Politicamente a Renamo é o meu berço”. Depois de ser expulso da Renamo, Raúl Domingos criou o Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), que não ganhou expressão parlamentar. Aos 61 anos de idade, Raul Domingos, vive de uma pensão militar (Major-General) e possui ações nas empresas Cervejas de Moçambique e Águas da Região de Maputo.

A primeira dá-lhe dividendos. A segunda nem migalhas.

(G.S.)

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