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segunda-feira, 14 agosto 2023 17:12

Governo ainda pode colocar mais 168,5 ME em Obrigações do Tesouro este ano

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Moçambique colocou desde janeiro, através da bolsa de valores, 24.920 milhões de meticais (358 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro, tendo disponibilidade legal para emitir mais 11.728 milhões de meticais (168,5 milhões de euros) até final do ano.


De acordo com o diploma 14/2023, do Ministério da Economia e Finanças, de 18 de janeiro, a emissão de Obrigações do Tesouro (OT) – dívida pública emitida com maturidades mais longas - para este ano prevê um valor global limite de 36.648 milhões de meticais (526,4 milhões de euros), preferencialmente em duas emissões mensais, até 05 de dezembro.


Dados da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) compilados hoje pela Lusa indicam que já foram feitas 12 emissões em 2023, com maturidades de até 10 anos e juros que variam entre os 17 e 19%. Os valores angariados em cada operação oscilaram entre os 475 milhões de meticais (6,8 milhões de euros) em 08 de agosto, a última destas emissões, e os 5.946 milhões de meticais (85,3 milhões de euros) angariados na operação realizada em 07 de março.


Em termos indicativos, a próxima emissão de Obrigações de Tesouro pela BVM deverá acontecer a 22 de agosto, tendo o Estado ainda a capacidade de ir buscar ao mercado mais 11.728 milhões de meticais (168,5 milhões de euros) até final do ano, tendo atingido até ao momento 68% do limite legal de endividamento por OT até final do ano.


Dados anteriormente divulgados pela Lusa, com base nos relatórios de execução orçamental do primeiro trimestre, referem que o endividamento interno atual de Moçambique totalizava em 31 de março, entre Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro – de maturidades mais curtas -, quase 295.733 milhões de meticais (4.200 milhões de euros).


O Governo moçambicano aprovou anteriormente a denominada Estratégia de Gestão da Dívida pública 2023-2026, que orienta as opções de endividamento ao longo dos próximos anos e pretende “trazer os limites para os indicadores de sustentabilidade da dívida na contração de créditos.


Prevê, ao nível de dívida externa, “privilegiar o financiamento na modalidade de donativos” e “na modalidade de créditos altamente concessionais para projetos rentáveis”, enquanto na dívida interna a prioridade passa por “privilegiar a emissão de Obrigações de Tesouro de maturidade longa”. (Lusa)

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