Reunido nesta quarta-feira (26), o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique alertou que a dívida pública interna do nosso país está a agravar-se, cada vez mais. Em comunicado, o CPMO acaba de revelar que a dívida pública interna ascendeu aos 308,4 mil milhões de Meticais, em função de um aumento de 33,3 mil milhões em relação a Dezembro de 2022.
Ou seja, o Governo foi buscar no mercado interno, nos últimos seis meses, 33 milhões de Mts. E esse valor não inclui “os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora”.
Este dado sobre o dramático endividamento público foi colocado na última linha de uma nota do BM publicada hoje, onde se informa que a autoridade monetária decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 17,25%, devido a “prevalência de elevados riscos e incertezas adversos associados, sobretudo, à pressão na despesa pública, bem como ao prolongamento e intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, não obstante as perspectivas de manutenção da inflação em um dígito no médio prazo”.
O BM alerta, entretanto, que os “riscos e incertezas adversas subjacentes às projecções de inflação mantêm-se elevados. A nível interno, a instituição prevê a manutenção da pressão sobre a despesa pública e das incertezas em relação à evolução dos preços de bens administrados, com destaque para os combustíveis líquidos. Na envolvente externa, aponta as incertezas quanto à magnitude dos impactos do prolongamento e intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia mantêm-se elevadas”. (Carta)