Já está definido o número de mandatos em disputada em cada uma das 65 autarquias do país. Em Deliberação nº 20/CNE/2023, de 10 de Julho, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) aprovou os dados do recenseamento eleitoral e a respectiva distribuição dos mandatos em cada um dos municípios do país.
De acordo com a CNE, os órgãos eleitorais registaram, em todos os territórios autárquicos do país, um total de 4.817.702 eleitores, que determinaram o cálculo de um total de 1.747 mandatos, sendo que 235 foram apurados nas autarquias da província de Nampula e 220 nos municípios da província de Maputo.
Dos dados aprovados pelo órgão liderado pelo bispo anglicano Dom Carlos Matsinhe, o destaque vai para cidade de Nampula, que viu o número de mandatos baixar dos actuais 51 para 50 e para os municípios de Moatize (Tete), Ilha de Moçambique (Nampula) e Chiúre (Cabo Delgado), que passaram dos actuais 21 para 31 mandatos. Nampula, Ilha de Moçambique e Chiúre estão nas mãos da Renamo, enquanto Moatize está sob gestão da Frelimo.
No Município de Maputo, onde a Frelimo é a actual gestora, estarão em jogo 65 mandatos, mais um que em 2018. Na Matola, província de Maputo, onde a Renamo perdeu com uma diferença de 0,77%, em 2018, a CNE apurou 66 mandatos, contra os actuais 59.
Na cidade da Beira, província de Sofala, que se encontra na gestão da oposição desde 2003, os órgãos eleitorais apuraram 49 mandatos, mais um que em 2018, enquanto nas autarquias de Dondo e Marromeu, na mesma província, mantém-se o mesmo número de mandatos: 31 para Dondo e 17 para Marromeu.
Em Chimoio, a CNE apurou 44 mandatos, mais dois que em 2018, situação que também se verifica na cidade de Tete, onde o número de mandatos subiu de 40 para 42. No Niassa, o número de mandatos mantém-se nas cidades de Cuamba (31) e Lichinga (39), enquanto na província de Cabo Delgado, a cidade de Pemba registou um aumento de dois mandatos (passou de 39 para 41) e a cidade de Montepuez vai ter mais oito mandatos, ao sair dos actuais 31 para 39.
Na Zambézia, o município de Quelimane também vai manter o número actual de mandatos (40), tal como a cidade de Mocuba (39) e a vila de Alto-Molócuè (21). Já Gurué, que já foi gerido pelo MDM, vai continuar a ter 31 mandatos.
Por sua vez, na disputadíssima província de Nampula, quatro autarquias vão manter o mesmo número de mandatos, nomeadamente Angoche (31), Monapo (31), Nacala-Porto (41) e Ribáuè (17). Malema sobe de 17 para 21 mandatos.
Refira-se que começa hoje, 20 de Julho de 2023, a submissão das candidaturas para as VI Eleições autárquicas, um processo que encerra no próximo dia 11 de Outubro. Até ao momento, são conhecidos apenas os cabeças-de-lista da Frelimo e da Renamo. O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira maior força política do país, ainda não anunciou qualquer nome. (A. Maolela)