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Dois indivíduos, um de nacionalidade moçambicana e outro de nacionalidade tanzaniana, foram acusados esta semana, pela Procuradoria Provincial de Maputo, pela prática dos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e branqueamento de capitais. A informação foi avançada ontem pelo Ministério Público, em comunicado de imprensa, que garante ter submetido a acusação ao Tribunal Judicial da Província de Maputo.
Segundo o Ministério Público, os dois indivíduos, que se encontram em prisão preventiva, fazem parte de uma organização criminosa, com ramificações internacionais, que se dedica ao transporte, armazenamento e venda de droga, dentro e fora do país, com destaque para África do Sul.
“Os factos ocorreram na sequência de uma denúncia, dando conta da existência de droga numa residência, sita no bairro Campoane, Município de Boane, província de Maputo, na altura arrendada por um cidadão estrangeiro líder do grupo, ora a monte, onde armazenavam a referida droga e parqueavam as viaturas que serviam de transporte da mercadoria”, explica a fonte.
O Ministério Público afirma que o cidadão tanzaniano foi detido numa residência, localizada na cidade de Quelimane, província da Zambézia, que era usada para o armazenamento da droga que era baldeada do alto-mar. Revela ainda que, no local, foi detido outro cidadão estrangeiro, mas terá fugido das celas do Estabelecimento Penitenciário da Zambézia.
Já o cidadão moçambicano era responsável pelo controlo da frota de viaturas que eram usadas para o transporte da droga, tendo sido capturado na sua residência no bairro do Tchumene, Município da Matola, na província de Maputo.
“Em conexão com os factos, foram devidamente apreendidas, entre outros bens, 22 viaturas dentre ligeiras e pesadas, duas pequenas embarcações e um montante de 9.650.000 Meticais”, afirma o Ministério Público, sublinhando que 16 viaturas foram apreendidas em Maputo e seis na Zambézia.
A Procuradoria Provincial de Maputo afirma ainda que o Gabinete Central de Recuperação de Activos está a realizar uma investigação financeira e patrimonial, “para identificar demais acervo patrimonial e financeiro pertencente à organização criminosa”. Revela ainda ter aberto um novo processo criminal autónomo contra outros elementos integrantes da quadrilha. (Carta)
