O Ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela, manteve na manhã de hoje (período da tarde em Moçambique), 13 de Abril, em Washington DC, capital dos Estados Unidos da América (EUA), um encontro de trabalho com a Presidente Executiva da agência norte-americana Millennium Challenge Corporation (MCC), Alice Albright, durante o qual ambos os dirigentes abordaram o processo de desenvolvimento do Compacto II para Moçambique.
Alice Albright manifestou satisfação com as áreas identificadas para o Compacto II, nomeadamente (i) Promoção do Investimento na Agricultura Comercial, (ii) Conectividade e Transporte Rural e (iii) Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Costeiro. “Será, na verdade, um Compacto constituído por pilares interconectados, apesar de cada um deles possuir projectos específicos”, sublinhou a Presidente Executiva da MCC.
“Gostaria de destacar, em particular, a área de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Costeiro, cada vez mais importante para o mundo todo, mas muito mais premente para países como Moçambique, que estão na rota de ciclones. Acompanhei recentemente a passagem do ciclone Freddy por Moçambique, lamentando a perda de vidas humanas”, destacou Alice Albright.
A Presidente Executiva da MCC entende que a preservação do mangal e o apoio às actividades pesqueiras, acções integradas na mesma área (Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Costeiro, “é uma abordagem lúcida sob o ponto de vista de promoção do desenvolvimento das comunidades. Aprecio, em particular, o facto de o Governo de Moçambique estar a trabalhar com dois parceiros especializados neste domínio, nomeadamente a BIOFUND e o PROAZUL”.
Por sua vez, Max Tonela disse que Moçambique vai continuar a trabalhar com afinco no processo de desenvolvimento do Compacto II, cuja assinatura do Acordo de Financiamento, de um valor estimado em pouco mais de USD 500.000.000,00 (quinhentos milhões de dólares norte-americanos), está prevista para Agosto deste ano.
“Estamos inclusive a nos preparar devidamente para que as questões referentes às salvaguardas sociais e ambientais sejam rigorosamente atendidas, colocando-se os direitos das mulheres e raparigas, em particular, no topo das atenções. Neste processo, estamos a beneficiar das experiências do Compacto I e do nosso engajamento noutros programas de desenvolvimento”, enfatizou Max Tonela.
Moçambique implementou, de 2008 a 2013, o Compacto I, que teve as províncias da Zambézia e Nampula como focos geográficos. Para o Compacto II, a província da Zambézia será o foco geográfico, embora a iniciativa desenvolvimentista em perspectiva seja de âmbito nacional, sobretudo por conta das reformas políticas e institucional que serão realizadas.