A Confederação das Associações Económicas (CTA) propõe ao Banco Mundial e ao Governo que o Fundo de Garantia Mutuária de 300 milhões de USD esteja operacional em meados deste ano, para permitir que até ao fim de 2023 as empresas e famílias moçambicanas já possam ver os impactos do mesmo.
A CTA diz que este fundo terá uma importância fundamental na melhoria do Ambiente de Negócios em Moçambique, ao atacar um dos grandes obstáculos (o acesso ao financiamento) e reitera a sua inteira disponibilidade em continuar a apoiar o Governo para garantir a correcta implementação do mesmo e desta forma assegurar o alcance dos objectivos preconizados com esta iniciativa.
A Confederação das Associações Económicas espera que o Fundo traga vantagens à Banca comercial nacional, reduzindo, por um lado, o risco dos seus clientes com as garantias a serem emitidas pelo mesmo e, por outro, aumentando a base de clientes da Banca com as várias empresas a serem financiadas, gerando cerca de 26 mil empregos directos e indirectos.
“Não podemos deixar de salientar que o Fundo de Garantia Mutuária será também uma mais-valia na redução do custo do dinheiro (taxa de juro) para o empresariado nacional, através da cedência directa de empréstimos a taxas que se poderão situar em cerca de 20%, bem mais reduzidas que as da Banca comercial”.
Com o Fundo de Garantia Mutuária, o sector privado vislumbra impactos bastante positivos para a economia, designadamente, na recuperação das empresas e comerciantes nacionais, criação e consolidação de postos de trabalho, aumento da produção nacional e consequente disponibilidade de bens de consumo nacionais e do poder de compra das famílias e o aumento das receitas fiscais. (Marta Afonso)