O Conselho Municipal de Maputo autorizou, nesta segunda-feira, o incremento da tarifa do transporte em três meticais, a partir da próxima segunda-feira, dia 27 do mês de Fevereiro, para a área metropolitana do Grande Maputo, que compreende as cidades de Maputo, Matola, vilas de Boane e Marracuene.
Esta medida surge no meio de uma tentativa de agravamento sem autorização, logo nas primeiras horas desta segunda-feira, o que levou à escassez de transporte em algumas áreas e a uma pequena agitação dos passageiros que contestavam este aumento.
Segundo o Vereador para Área de Transportes de KaNyaka, Alexandre Muianga, este aumento resulta de várias rondas negociais, que resultaram no incremento de 3,00 meticais sobre a tarifa anterior, contra os 7 meticais propostos pela Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO).
“Por exemplo, onde o transporte custava 12 meticais, passa para 15 meticais, onde se cobrava 15, passa a ser 18, onde custava 24 meticais passa para 27 meticais”, frisou Muianga. Entretanto, o representante da FEMATRO, Castigo Nhamane, garante que este reajuste não deixa os transportadores confortáveis.
"Não estamos confortados e nem satisfeitos, mas como o Vereador disse, são várias rondas, hoje conseguimos três meticais, vamos continuar a trabalhar na procura de melhores soluções. É verdade que entre reajustar três meticais e não reajustar nada, há sempre uma diferença’’, disse Nhamane.
Entretanto, esta nova tarifa aprovada não abrange as empresas municipais, sendo que será aplicada apenas para as empresas, cooperativas e associações filiadas à FEMATRO.
Lembrar que o reajuste do preço do transporte vem sendo ensaiado desde o ano passado, altura em que o Município de Maputo aprovou novas tarifas com um aumento de sete meticais a mais em relação ao valor actualmente em vigor.
No entanto, essa tarifa não chegou a entrar em vigor porque o Governo prometeu dar compensações aos transportadores, facto que não aconteceu. Posteriormente, avançou-se para um subsídio que seria dado ao passageiro, o que também não se efectivou. (Marta Afonso)