Mocambique vai cair numa lista de países incumpridores dos mais recentes criterios internacionais de prevencao e combate ao financiamento do terrorismo e branqueamento de capitais do Grupo de Acção Financeira Internacional (Gafi). Uma reunião crucial do grupo vai ter a partir do próximo dia 21 de Outubro, em lugar em Paris, França, a altura em que Moçambique passará a fazer parte dessa lista, com consequências severas para a economia.
Fonte do Executivo disse à "Carta" que Moçambique não cumpriu com as recomendações da avaliação mútua feita pelo grupo de países da África Austral e Oriental sobre a a adopção e implementação de medidas contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo publicada em Junho de 2019.
A decisão a ser tornada em Paris, no dia 21, irá afectar o ambiente de negócios, sobretudo o cidadão enquanto cliente do sistema financeiro (bancos comerciais) porque algumas transações internacionais que eram feitas em 48 horas poderão durar 21 dias. "Os cartões de crédito dos cidadãos moçambicanos poderão deixar de funcionar no espaço da União Europeia".
Entretanto, "Carta" sabe que o Gafi aprovou um plano de acção que entra em vigor este ano até 2025 para o cumprimento integral e obrigatório das recomendações de avaliação feita em 2019.
Umas das recomendações do relatório de 2019 têm a ver com a necessidade de haver resultados mensuráveis de processos acusados e julgados no âmbito do branqueamento de capitais em Moçambique.
Em segundo lugar, Moçambique deve realizar uma avaliação nacional de risco sobre o financiamento ao terrorismo "o mais breve possível".
Por outro lado, o relatório recomenda que os reguladores e supervisores de jogos (Inspeção Geral de Jogos, Instituto de Supervisão de Seguros) sejam obrigados a aprovar medidas de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. (Carta)