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BCI
quarta-feira, 31 agosto 2022 17:08

Moçambique acolhe simpósio de investigação agrária....e já tem tecnologia para produção comercial de trigo

trigo moz min

O Governo vai investir, nos próximos dois anos e meio, 3 biliões de Mts na investigação agrária, um instrumento determinante no crescimento e desenvolvimento económico do país, visando desenvolver soluções tecnológicas para o combate à fome e insegurança alimentar, que ainda aflige cerca de 30% da população moçambicana, refere uma nota do (MADER – Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural) recebida na nossa redacção.

 

 

Hoje, Maputo assistiu à abertura do I Simpósio de Investigação Agrária de Moçambique, que junta uma amostra representativa da massa crítica relevante e autorizada para os propósitos da agenda do evento.

 

 

Uma das grandes novidades reveladas hoje é que uma equipa de investigadores moçambicanos concluiu recentemente um programa de investigação, tendo identificado variedades de trigo de alto potencial produtivo e adaptadas às nossas condições climatéricas.

 

 

Os resultados da pesquisa no trigo indicam um potencial de produtividade de 7 toneladas/ha no Niassa e de 4t/ha para outras regiões. Os próximos passos são a libertação da variedade e a  disseminação desta tecnologia, que passará pela multiplicação massiva de sementes e treinamento de extensionistas e nossos produtores.

 

 

Ao longo das últimas décadas, a investigação agrária em Moçambique tem enfrentado grandes desafios, com destaque  para: (i) exiguidade de recursos financeiros e inconsistência na alocação dos mesmos; (ii) fraca participação do sector privado; (iii) precárias condições de trabalho dos investigadores.

 

 

Apesar destas adversidades, os investigadores têm sido capazes de produzir novo conhecimento no sector agropecuário, nomeadamente em campos como estudos de solos e clima, zoneamentos agrários; conhecimento de doenças e pragas; produção de vacinas (que nos últimos dois anos teve um aumento de 22,7 milhões de doses para 46,6 milhões de doses anuais de vacinas, permitindo que mais de 80% do efectivo animal fosse vacinado contra as principais doenças); melhoria genética na agricultura e na pecuária para além de estudos socio-econoómicos. 

 

 

Um dos destaques vai ainda para a libertação de variedades de sementes melhoradas e adaptadas às condições do país. (Carta)

 

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