O Conselho Municipal de Maputo, através da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (Emme), apresentou, esta quinta-feira, um sistema para controlar os condutores nas estradas e reduzir o índice de sinistralidade no país.
Denominado “LIDAR”, o sistema vai reforçar a segurança rodoviária e prevenir os acidentes de viação. O equipamento foi testado na semana passada na Estrada Nacional Número 4 e, em uma hora e trinta e cinco minutos (1:35 minutos), conseguiu verificar 705 condutores que transitavam no troço da Maquinag à Portagem. Destes, 117 cometeram algum tipo de infracção, dos quais, 106 conduziam a uma velocidade acima do recomendado dentro das localidades.
Sendo uma fase de teste, o sistema havia sido programado para detectar o excesso de velocidade, condução sem cinto de segurança e uso de telefone durante a condução.
O sistema está a ser desenvolvido em parceria com o Ministério dos Transportes e Comunicações, representado pelo Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) e o Ministério do Interior, através da Polícia de Trânsito (PT).
Para além de detectar a velocidade, o equipamento consegue registar outras infracções, como travessia de semáforos em vermelho, falta de prioridade em passadeiras, através da indexação das matrículas, verificar quem tem seguros em dia e detectar ainda os reincidentes em determinado tipo de infração bem como licenças abonatórias que permitem a condução.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Emme, João Ruas, que fez a apresentação do sistema à imprensa, para a cobertura da cidade de Maputo, seriam necessárias quatro câmeras e mais outras duas câmeras móveis. Frisou ainda que o sistema testado na N4, na semana finda, é proveniente de Dubai e cada unidade custa cerca de 60 mil USD.
Por seu turno, o Chefe da Organização de Trânsito, Emílio Jacob Tsambe, disse que, se o projecto for introduzido, poderá ajudar a reduzir o índice da sinistralidade rodoviária no país.
Respondendo a uma questão da “Carta” sobre a redução da corrupção nas estradas com a entrada em funcionamento do sistema, o PCA da Emme disse: “o equipamento vai reduzir a corrupção nas estradas porque para se montar este tipo de sistema é preciso que haja uma sala de controlo que vai receber em tempo real a informação de todas as câmeras montadas e a partir desta sala é que se toma a decisão de como serão aplicadas as multas sem a interface do agente e do motorista”.
Entretanto, não avançou a data para a entrada em funcionamento do sistema, mas garantiu que está em curso o envio do relatório aos três parceiros do projecto tomada de decisão. (Marta Afonso)