Está para breve a confirmação do novo Director-Geral do STAE (Secretariado Técnico da Administração Eleitoral), órgão responsável pela administração e gestão dos processos eleitorais, em substituição de Felisberto Naife, que deixa o cargo após 15 anos de liderança.
Ao que “Carta” apurou, Loló Correia, actual Director Provincial do STAE em Tete, lidera a lista dos nomes propostos pelo júri ao crivo do Plenário da CNE (Comissão Nacional de Eleições). A lista, a ser submetida ao plenário da CNE, é composta por cinco candidatos, dos sete que submeteram as candidaturas.
José Grachane, Mário Cossane, Helena Garrine e Jossias Gondachaco completam a lista dos candidatos apurados pelo júri, presidido pelo jornalista Salomão Moyane. Lucas Manjaze e Príncipe Lino Uataia foram excluídos do processo.
De acordo com o número 2, do artigo 10, da Deliberação n.º 23/CNE/2018, de 20 de Junho, o Director-Geral do STAE é recrutado e seleccionado por concurso público de avaliação curricular dirigido pela CNE e nomeado pelo respectivo Presidente. A decisão deverá ser tomada até ao fim deste mês.
O concurso público para selecção do novo Director-Geral do STAE foi lançado no passado dia 6 de Julho, com os seguintes requisitos: ser funcionário público de nomeação definitiva com pelo menos 10 anos de serviço; estar enquadrado na carreira de Técnico Superior N1; ter trabalhado nos órgãos eleitorais por pelo menos cinco anos; e ter exercido funções de chefia e de direcção por pelo menos cinco anos.
Loló Correia é Director Provincial do STAE em Tete desde 2012, tendo sido responsável pela organização das eleições autárquicas (2013 e 2018) e gerais (2014 e 2019) naquele ponto do país. Também já dirigiu o STAE, na província de Sofala.
Fontes ligadas ao processo descrevem Correia como um técnico competente, conhecedor dos processos eleitorais e com menos influência política entre os candidatos propostos. No entanto, sabe-se que a influência política, em particular do partido Frelimo, é determinante para a indicação do Presidente da CNE e do Director-Geral do STAE.
Refira-se que, contrariamente ao que foi avançado pelo jornal Canal de Moçambique, Ludmila Maguni, Secretária de Estado na província de Inhambane, não se candidatou ao cargo. Seu nome não consta da lista dos candidatos e fontes próximas ao processo garantiram à “Carta” que não se candidatou. (A.M.)