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Actualizado de Segunda a Sexta

quarta-feira, 25 maio 2022 08:29

Moçambique não mudou de posição sobre a guerra da Rússia contra o Ucrânia – fonte diplomática

Nos documentos da visita que o Presidente Filipe Nyusi levou na sua mala para o Gana, um documento elaborado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação ( MNEC), que recorda a posição oficial de Moçambique sobre vários assuntos relativos à situação politica e económica nacional, à cooperação bilateral e à situação regional, continental e mundial, o assunto da invasão da Russa à Ucrânia é tratado com tanta clareza. Moçambique não mudou de posição sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

 

Sobre a controversa questão, os documentos da visita, a  que “Carta” teve acesso, uma espécie de cabula feita para orientar qualquer declaração do Presidente, são claros:

 

“Moçambique mostra-se preocupado, igualmente com a Guerra Russo-Ucraniana, principalmente pelos efeitos colaterais desta sobre o resto do mundo, tendo em conta a subida dos preços de combustíveis e seu efeito em cadeia na economia, a subida do preço do trigo, e outros produtos mercantilizados num contexto de globalização. Mencionar que Moçambique é da posição de que os dois Estados devem dialogar para um meio-termo e entendimento pacífico e que, sobre o assunto, tem se posicionado neutralmente, nas votações no sistema internacional, seja nas Nações Unidas, seja noutros ;”

    

Na segunda-feira, no final da visita de Nyusi ao Gana, o Presidente local, Akufo-Addo, disse  que  o seu país condenava a invasão da Rússia à Ucrânia.

 

A comunicação social do Gana amplificou essa posição, vinculando o Presidente Nyusi. Mas a visita não produziu qualquer comunicado conjunto. Houve uma conferência de imprensa, no fim das conversações oficiais, durante a qual Filipe Jacinto Nyisi, ao tomar a palavra, reiterou a posição de Moçambique, que defende o diálogo e a resolução pacífica, enfatizando que todos os conflitos terminam na mesa de negociações, desejando o mesmo para o conflito Rússia e Ucrânia, tal como tem vindo a defender.

 

“A notícia do jornal apenas enfatizou a intervenção do Presidente do Gana, assumindo erradamente como sendo uma posição dos dois países e não fez referência à intervenção do Presidente de Moçambique, cuja posição é distinta”, disse uma fonte diplomática à “Carta de Mocambique”.(M.M.)

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