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sexta-feira, 06 maio 2022 06:45

Revela RSF: 25 jornalistas já morreram no mundo em 2022

jornalismo

Vinte e cinco jornalistas e dois colaboradores dos órgãos de comunicação social já perderam a vida desde o início do ano de 2022. Os dados são avançados pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF), no seu relatório sobre o Índice Global da Liberdade de Imprensa de 2022, publicado na última terça-feira por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

 

De acordo com a organização, o México lidera a lista, com oito casos de assassinato de jornalistas desde 01 de Janeiro do presente ano. Em segundo lugar, segue a Ucrânia, em que seis jornalistas foram assassinados durante o exercício das suas actividades. Refira-se que a Ucrânia enfrenta uma guerra desencadeada pela Rússia, em Fevereiro passado.

 

Os restantes jornalistas foram mortos no Iémen (dois), Haiti (dois), Bangladesh (um), Brasil (um), Chade (um), Síria (um), Irão (um), Índia (um) e no Mianmar (um). Já os colaboradores dos órgãos de comunicação social foram assassinados na Ucrânia (um) e no Cazaquistão (um).

 

O número representa 54,3% das mortes registadas em todo ano de 2021, onde foram mortos 46 jornalistas em todo mundo. Por seu turno, os colaboradores dos órgãos de comunicação social já assassinados este ano equivalem a 50% das mortes registadas em todo ano passado: foram mortos quatro.

 

Para além de mortes, o relatório assinala a detenção de mais de pelo menos 58 jornalistas, sendo que a maioria foi detida no Mianmar (19), Índia (nove), Rússia (cinco), Bielorrússia (quatro), República Democrática do Congo (três) e Síria (três).

 

Actualmente, diz a organização Repórteres Sem Fronteiras, 460 jornalistas e 19 colaboradores dos órgãos de comunicação social encontram-se detidos em todo o mundo. Deste número, 120 estão detidos na China, 85 na Síria, 70 no Mianmar, 41 no Vietnam, 36 na Bielorrússia, 32 no México, 31 na Arábia Saudita, 24 no Egipto, 20 no Iraque e 18 na Ucrânia.

 

Embora o ranking de Moçambique esteja a regredir (passou de 108 para 116), o relatório anota que o país não regista assassinatos de jornalistas desde 2015, aquando do assassinato do jornalista Paulo Machava. No entanto, sublinha que as autoridades moçambicanas ainda não resolveram o caso do desaparecimento do jornalista Ibrahimo Mbaruco, raptado em Abril de 2020, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado.

 

Sublinhar que a organização Repórteres Sem Fronteiras regista a morte e/ou detenção de jornalistas, cujas causas estejam apenas ligadas à sua actividade jornalística. “A lista não inclui jornalistas que foram mortos ou presos por motivos alheios ao seu trabalho ou quando o vínculo com seu trabalho ainda não foi confirmado”, detalha a fonte.

 

Refira-se que o México, país onde já foram registados oito casos de assassinato de jornalistas, encontra-se na 127ª posição do ranking, depois de, em 2021, se ter fixado no 143º lugar. Em 2021, foram registadas oito mortes. Aliás, desde 2004 que o México regista anualmente casos de assassinato de jornalistas, sendo que em 2017 foram reportadas 11 ocorrências. (Carta)

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