Ao abrigo do novo regime, os visitantes de ambos países serão atribuídos vistos de entrada válidos por 90 dias. Este desenvolvimento segue-se à visita do Presidente Emmerson Mnangagwa a Moçambique, no início deste mês, a convite do seu homólogo moçambicano Filipe Nyusi.
O líder zimbabueano confirmou que a validade dos vistos de entrada no Zimbabwe, atribuídos aos cidadãos moçambicanos, será ampliada de 30 para 90 dias. A medida faz parte de um conjunto de acordos alcançados durante uma visita de Estado de três dias do presidente Mnangagwa a Moçambique, sendo de destacar a criação da Comissão Binacional.
"No que diz respeito às questões de cooperação económica e comercial, o que discutimos e concordamos, principalmente, é em relação à energia", disse o estadista zimbabueano.
"Acordámos que o Zimbabwe deveria participar na construção e geração de energia no Buzi. Existem depósitos de gás no Buzi, que fica muito perto da nossa fronteira, por isso vamos criar uma joint venture com Moçambique para a exploração de gás no Buzi que nos dará combustível e fertilizantes", frisou o presidente Mnangagwa.
No entanto, destacou: "o mais importante é o compromisso do Zimbabwe em capacitar as Forças de Defesa de Moçambique para que se mantenham firmes e impeçam qualquer futura propagação do terrorismo, tendo em conta os desafios actuais em Cabo Delgado".
Recorde-se que a validade dos vistos de entrada na África do Sul atribuídos aos cidadãos moçambicanos foi ampliada a partir de 2016 de 30 para 90 dias. Os países com os quais Moçambique assinou acordos de supressão de vistos, em todo o tipo de Passaporte, são a África do Sul, Botswana, Malawi, Maurícias, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
Os vistos podem ser obtidos junto das fronteiras para estadia até 30 dias, enquanto com outros países, como África do Sul, se estendem a 90. (Carta)