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Paulatinamente, Moçambique vai-se aproximando dos 10 países africanos, cujos preços da gasolina são dos mais altos da África em Março de 2022, de acordo com os preços globais de gasolina. O litro de gasolina em Moçambique custa 77,39 MTS, cerca de USD 1,22.
Citando os números do www.globalpetrolprices, o businessinsider.com observou que os preços em alta foram agravados por vários factores, incluindo a crescente escassez do produto.
Lê-se no artigo que “o aumento do custo da gasolina na África Sub-sahariana também foi atribuído à contínua invasão russa à Ucrânia. E há um medo palpável de que, à medida que o conflito continua a aumentar, possa ter um impacto ainda mais negativo nos custos de energia em África. Já os preços globais do petróleo ultrapassaram a marca de US$ 100 por barril, registada pela última vez em 2014. O produto está a ser negociado actualmente a US$ 102,6 por barril, de acordo com o preço de referência Brent Crude”.
Eis a lista dos 10 países africanos com os preços mais altos da gasolina em Março de 2022, de acordo com os dados disponibilizados pela Global Petrol Prices.
Zimbabwe: Este país da África Austral e vizinho de Moçambique tem o maior custo de gasolina em África. Um litro de gasolina custa até US$ 2.153. No início deste mês, o ministro de Energia, Zhemu Soda, explicou que os frequentes aumentos nos preços da gasolina foram influenciados por desenvolvimentos no mercado internacional de petróleo. Zimbabwe não é produtor de petróleo, embora houvesse relatos contraditórios sobre a descoberta de petróleo bruto no norte do país em 2018.
Seychelles: Segundo dados, este país insular figura em segundo lugar no que toca ao preço de combustível mais caro da África. Um litro de gasolina neste país é vendido por $ 1.541. O país não produz petróleo e gás, embora algumas empresas petrolíferas internacionais estejam ocupadas na prospecção de potenciais depósitos de petróleo nas suas águas.
Malawi: Também vizinho de Moçambique, o litro de gasolina está a $1.426. Diz-se que o país tem grandes perspectivas de descobrir reservas de petróleo bruto no Lago Malawi (mundialmente conhecido por Lago Niassa).
África do Sul: Igualmente vizinho de Moçambique, aqui um litro de gasolina custa $ 1.413. Em 2019, a Total Energies anunciou que havia feito uma grande descoberta de condensados de gás num dos seus campos de exploração na África do Sul.
Especialistas disseram que isso poderia melhorar significativamente a economia do país.
Uganda: Neste país, um litro de gasolina custa $ 1.389. O alto custo da gasolina no Uganda ocorre apesar do facto de que o país realmente produz petróleo. Verificações da Business Insider Africa mostram que as reservas de petróleo bruto do país, em 2021, eram de 2,5 biliões de barris.
Maurícias: Este país tem o sexto preço de gasolina mais caro da África, com US$ 1,381 por litro. Maurícias não produz petróleo, embora especialistas digam que há perspectivas.
Burundi: Neste país da África Oriental, um litro de gasolina custa US$ 1.340. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, este país não possui actualmente fontes locais de petróleo bruto ou gás natural.
Senegal: Neste país francófono da África Ocidental, o litro de gasolina custa 1.299. O país descobriu alguns depósitos de petróleo bruto entre 2014 e 2017, embora a exploração em grande escala tenha sido adiada até 2023.
Lesotho: Neste país, para comprar um litro de gasolina é preciso ter 1.231 dólares. O país não tem depósitos de petróleo confirmados.
Ruanda: Aqui, um litro de gasolina custa US$ 1.23. Este país da África Oriental não produz petróleo bruto.
Moçambique: De acordo com a nova tabela de preços divulgada há menos de uma semana pela Autoridade Reguladora de Energia de Moçambique, (ARENE), o preço de gasolina subiu de 69,94 meticais o litro para 77,39 MTS, cerca de USD 1,22.
O presidente da ARENE, Paulo António da Graça, justificou alegando que, com a tendência de não abrandamento dos preços no mercado internacional, o país ficou numa posição não muito confortável para as suas importações. Graça assinalou que os aumentos poderiam ter sido mais expressivos, mas tal não aconteceu devido ao impacto das medidas de mitigação anunciadas pelo executivo. (Carta)
