Um amigo, por sinal de infância, que esteve na proclamação dos resultados das sextas eleições autárquicas segredou-me que a sensação que tivera à saída da sala onde decorrera o evento, na UEM, foi igual a que tivera à saída do jogo dos “Mambas” contra a Argélia, no Zimpeto, no pretérito final de semana. Para ele, nas duas situações, o país merecia ter ganho.
De toda a maneira, a esperança de que nos próximos jogos os “Mambas” a sorte será outra, pois ficou demonstrado contra a Argélia de que é possível. Quanto aos pleitos eleitorais, a unanimidade de que nos próximos pleitos a sorte será a mesma, pois ficou demonstrado nestas sextas eleições autárquicas de que não basta meter golos.
Quando o perguntei “E agora?”, respondeu-me de que a solução para este país passava pelo recurso ao método do “Zero a Zero” que o invocávamos na infância quando a confusão se instalava durante uma partida de futebol ou de qualquer outra modalidade ou brincadeira.
O método era simples: na falta de consenso, a unanimidade pelo recurso ao “Zero a Zero” que consistia em recuar tudo às condições existentes no início da partida, incluindo o resultado. No caso em apreço – o rescaldo das sextas eleições autárquicas - o que consistiria o “Zero a Zero”?
A pergunta esta no ar, mas vai uma proposta de partida: no mínimo que se levantassem/interditassem os nomes e símbolos da FRELIMO, RENAMO e MDM. Que estes partidos para os próximos pleitos eleitorais procurassem novos nomes e símbolos. Que tal?
Nando Menete publica às segundas-feiras
PS: Para quem viu a novela brasileira “O Clone”: é de doer ver o nome que trouxe a independência do país “a ser arrastado na Medina”.