O Banco Mundial aprovou no dia 8 do corrente mês uma doação financeira no valor de $104 milhões da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), a qual visa apoiar programas de desenvolvimento de competências para jovens moçambicanos. O projeto investirá nos subsistemas de Educação e Treinamento Técnico Vocacional (TVET), e de Ensino Superior (ES), com vista a melhorar o acesso e a qualidade dos currículos educacionais e a formação para o desenvolvimento de competências em resposta às prioridades e setores económicos do país.
“Capacitar os jovens através do desenvolvimento de competências de alto nível por meio de uma educação pós-secundária de qualidade, enquanto se trabalha em políticas para incentivar a criação de empregos vinculados a sistemas produtivos modernos, estão entre os desafios mais importantes que o país enfrenta se quiser colher os benefícios do seu dividendo demografico”, observou Idah Z. Pswarayi-Riddihough, Diretora do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Comores, Maurícias e Seychelles. “Jovens com melhor educação contribuirão para reduzir a desigualdade de renda, facilitar a mobilidade social e ajudar a iniciar a tão necessária transição demográfica.”
O projeto ajudará a aumentar o acesso à educação e formação de qualidade nos níveis de TVET e ES em áreas prioritárias relevantes para o desenvolvimento económico futuro, com enfoque para a ciência, tecnologia, engenharia, matemática e mudanças climáticas. Também apoiará programas de formação de professores, incluindo o uso de novos métodos de ensino, e abordará a atual escassez de competências técnicas especializadas, mediante o fortalecimento de programas de desenvolvimento de competências de alta qualidade em manutenção industrial, agricultura, TIC’s, construção, entre outros setores prioritários em instituições de TVET selecionadas. Além disso, o projeto apoiará a colaboração contínua com indústrias e ajudará a operacionalizar o Fundo Nacional de Capacitação para Educação Profissional, que procurará alavancar o financiamento do setor privado para o desenvolvimento de competências em resposta às necessidades do mercado, ajudando assim a maximizar o financiamento para o desenvolvimento. Em conformidade com a estratégia institucional do Grupo Banco Mundial sobre Fragilidade, Conflito e Violência, o projeto também visa combater os principais fatores de fragilidade e ajudar a fortalecer o contrato social entre as pessoas e o estado, abordando a provisão desigual de serviços e as disparidades regionais.
“A educação e o empoderamento das raparigas são essenciais para alcançar uma maior mobilidade social e transição demográfica”, acrescentou Ana Menezes, Especialista Sénior em Educação do Banco Mundial e Co-Líder de Equipe do projeto. “O projeto irá priorizar o acesso das mulheres a programas de bolsas e estágios e apoiará regulamentações e atividades destinadas a expandir a participação da raparigaa em eventos científicos e outros programas que possam contribuir para o ingresso feminino em TVET e ES.” Além disso, o projeto incluirá disposições para prevenir a Violência Baseada no Género (VBG) no sistema educacional, bem como, fortalecer as capacidades das instituições de formação para responder a incidentes de VBG.
“Dado que o país enfrenta eventos climáticos extremos recorrentes, com probabilidade de aumentar nos próximos anos, todos os programas de treinamento de TVET e ES financiados pelo projeto deverão incluir conteúdos relacionado com às mudanças climáticas”, acrescentou Marina Bassi, Economista Sénior e Co-Líder de Equipe. Além disso, o projeto apoiará o desenvolvimento da literacia digital e habilidades relacionadas assim como de empreendedorismo digital. “Esperamos que essas ações permitam ao país fortalecer ainda mais sua infraestrutura digital, serviços financeiros digitais e consolidar a sua capacidade de se ajustar às mudanças nas economias tecnológicas.”
Esta operação está alinhada com as prioridades do país delineadas no seu Plano Quinquenal, bem como, com o Quadro de Parceria do Banco Mundial para o período fiscal de 2017-21, que reconhece que uma economia mais diversificada, produtiva e inclusiva exigirá maior investimento em capital humano.(Carta)
Para conferir melhor controlo no uso de dados móveis, a Vodacom Moçambique acaba de desenvolver um serviço que permite ajustar a velocidade da Internet na rede 4.5G, de acordo com as necessidades de cada cliente. O serviço, o primeiro a ser desenvolvido e lançado em África, oferece aos usuários da rede Vodacom a possibilidade de escolha no uso dos seus serviços de Internet.
“O poder passa para o cliente e ele terá autonomia sobre a velocidade da sua Internet e do seu consumo de dados. O cliente vai poder ajustar a sua velocidade de Internet, através do menu de auto-ajuda *111#. Após ajustada a velocidade de Internet, automaticamente, toda a experiência, tanto pela Web como pelas aplicações, ajusta-se de acordo com a velocidade escolhida”, esclareceu Henry Njoroge, Director Comercial da Vodacom.
Neste momento, refira-se, a Vodacom possui uma velocidade de Internet muito rápida, através da sua rede 4.5G, o que permite uma melhor experiência de Internet e, consequentemente, um consumo mais rápido do pacote de dados. O ajuste da velocidade não tem nenhum custo adicional para o cliente.
“Acreditamos que todos os nossos clientes precisam de Internet, entretanto, alguns valorizam mais a velocidade, enquanto outros dão mais valor à duração e quantidade de coisas que se pode fazer com o pacote de dados. É neste sentido que oferecemos a possibilidade de cada cliente escolher a opção que mais se adapta ao seu estilo de vida”, sublinhou Henry Njoroge.
Com o novo serviço, o cliente pode trocar a velocidade da sua Internet quantas vezes quiser por dia. As opções variam entre Web e Redes Sociais – 1Mbps (recomendável para a Web, WhatsApp, Facebook e Twitter), Video SD – 3Mbps (ideal para o YouTube, Instagram, Tik Tok e Pinterest), Video HD – 6Mbps (para plataformas como o YouTube e Netflix) e capacidade máxima 4.5G.
Importa referir que, quanto mais rápida for a velocidade de Internet escolhida, maior e melhor qualidade terá a resolução dos vídeos, rapidez no carregamento das páginas, para além da rapidez nos downloads, permitindo uma melhor experiência para o cliente.
“Convidamos os nossos clientes a experimentarem as opções disponíveis, de forma a identificarem o tipo de velocidade que melhor se ajusta aos diferentes serviços que usam no dia-a-dia”, terminou Henry Njoroge.
Na esteira da celebração dos 46 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka – que levaram o Estado colonial português a reconhecer o direito à independência de Moçambique – que se assinalaram esta segunda-feira, a Nova Democracia (ND), uma nova força política bastante interventiva na sociedade, questiona se a luta de libertação nacional terá sido desencadeada (em 1964) para substituir um colono pelo outro.
A questão, segundo aquela formação política, deriva do facto de o país ainda não estar em paz, assim como estar “controlado por grupos de interesses” e de “interesses de grupos ligados ao terrorismo” que, na sua óptica, agitam a bandeira do tribalismo, “com a grande maioria populacional na pobreza e sem horizonte”.
Em comunicado de imprensa, emitido este domingo, 06 de Setembro, a Nova Democracia defende ser um “paradoxo” celebrar a vitória com crianças estudando no chão, centros de saúde destruídos pela pólvora, os cidadãos transportados em carrinhas de caixa aberta (vulgo my loves) e com a corrupção a corroer, cada vez mais, a sociedade moçambicana.
“Quando no seio da pátria impõe-se limites para pensar e falar, quando se queima jornais, se baleia, se rapta e se torturam activistas, académicos e jornalistas, uma nova vitória se faz necessária sob pena de não só se avançar, mas se regredir aos tempos do xibalo [trabalho forçado] e chicote, tais donos da situação no clímax da brutalidade”, considera a formação política liderada por Salomão Muchanga, para quem “a alegria da vitória perdeu-se no rascunho da memória”. (Carta)
Maputo, 1 de Setembro de 2020: O Porto de Maputo, em associação com a editora Marimbique, estão na origem da Colecção Porto de Maputo Autores Moçambicanos, a edição ou reedição de escritores moçambicanos, desde os fundadores, passando pelos autores revelados pela Independência até às novas gerações.
Estas obras são destinados primordialmente a prover bibliotecas escolares e públicas, no intuito de promover o gosto e o hábito da leitura, sobretudo junto de jovens, que de outro modo não teriam acesso a uma biblioteca mínima de autores moçambicanos.
Pretende-se, finalmente, resgatar, na sociedade moçambicana, o valor e o prestígio social do livro e a sua centralidade no quotidiano. Uma sociedade não se constrói sem cultura e não há sociedades sãs sem cidadãos livres, cultivados e esclarecidos, política, social e culturalmente.
Luís Bernardo Honwana ("Nós Matámos o Cão Tinhoso"), Noémia de Sousa ("Sangue Negro") e Rui Nogar ("Silêncio Escancarado) foram as primeiras obras lançadas em Novembro de 2019, num cerimónia onde se procedeu à entrega oficial das obras ao Ministério da Educação.
Uma segunda série inclui o romance "Terra Sonâmbula" (Mia Couto), o livro de contos "O Regresso do Morto", de Suleiman Cassamo, e os livros de poesia "A Inadiável Viagem" (Luís Carlos Patraquim) e "O País de Mim" (de Eduardo White).
Tendo presente os actuais constrangimentos da pandemia, e no quadro dos 117 anos do Porto de Maputo, iremos lançar esta segunda série de livros, através de um evento on-line no dia 4 de Setembro pelas 16h00, que envolverá não só um dos autores, mas leitores apaixonados e estudiosos destas obras, que se encontram em diversos cantos do Mundo.
"Terra Sonâmbula" e uma conversa com o seu autor, Mia Couto, com intervenções do escritor angolano José Eduardo Agualusa, da professora brasileira Rita Chaves, do editor Celso Muianga, da Fundação Fernando Leite Couto, e do pintor Gemuce, autor da ilustração da capa, é a nossa primeira iniciativa no género. A conversa será moderada por Nelson Saúte.
“A Ilha de Sorrisos” é um trabalho que resulta das seis viagens que Bruno fez à Ilha de Moçambique e é a primeira exposição do fotógrafo. A exposição mostra-nos os sorrisos que falam por entre a cidade de pedra e cal e a cidade de Macuti. Dos sorrisos que dão vida a esta multiculturalidade, a esta pequena ilha de 3 quilómetros que apaixona turistas, e inspira artistas e escritores.
A exposição foi curada pelo escritor angolano José Eduardo Agualusa, e inaugura no mesmo dia que a Galeria acolhe o evento de promoção da mais recente obra do autor. “Os Vivos e os Outros” tem como cenário a idílica Ilha de Moçambique, tão bem captada pela lente de Bruno Pedro.
A exposição estará patente até ao dia 24 de Setembro de 2020.
Sobre Bruno Pedro:
Bruno Pedro é um fotógrafo freelancer português, residente em Moçambique desde 2009. Começou a trabalhar profissionalmente em vídeo em 2006, a sua área de paixão, mas aventurou-se na fotografia em 2017, e é nesta área que tem “capturado” a essência das gentes de Moçambique.
Os diversos trabalhos têm levado Bruno a quase todo o Moçambique e tem coleccionado retratos e paisagens (sempre com o elemento humano presente , porque “todos temos uma história por contar” como gosta de repetir) que já o levaram a participar na exposição “O mar que nos une” no World Press Photo 2019, em Portugal.