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Empresas, Marcas e Pessoas

Vinte e quatro horas depois da nomeação de Bernardo Mariano ao cargo de Secretário-geral adjunto para Tecnologias da Informação na Organização das Nações Unidas (ONU) e chefe do Escritório de Tecnologias da Informação e Comunicação, os profissionais e as empresas de tecnologias de informação reagiram ao facto, considerando-o histórico para o país.

 

Em comunicado de imprensa, a Associação Moçambicana de Profissionais e Empresas de Tecnologias de Informação (AMPETIC) defende que a nomeação vem reforçar a presença dos moçambicanos em organizações de grande prestígio e inspira a organização a defender o sector.

 

“A AMPETIC considera este acto como um marco histórico para a nação moçambicana e reafirma que esta nomeação vem reforçar a presença dos moçambicanos em organizações de grande prestígio e a associação inspira-se neste exemplo para validar o seu compromisso na projecção do sector das TIC em Moçambique e além-fronteiras”, afirma a organização.

 

De acordo com o comunicado da ONU, citado pela Lusa, Bernardo Mariano “liderou a jornada de transformação digital da organização, aproveitando tecnologias e inovações digitais para acelerar a realização dos objectivos estratégicos da OMS”. Sublinha ainda que o moçambicano “defendeu várias iniciativas de transformação de negócios” e foi impulsionador de “inovações em sistemas operacionais e de gestão, sistemas de planeamento de recursos empresariais, tecnologia da informação, gestão de projectos e infra-estrutura de rede”.

 

Refira-se que Bernardo Mariano, com 28 anos de experiência na ONU, vai substituir Patrick Carey. O moçambicano exercia, até agora, o cargo de director de Informática e director do departamento de Saúde Digital e Inovação na Organização Mundial da Saúde (OMS). (Carta)

A Vodafone M-pesa acaba de se tornar no primeiro provedor monetário móvel, em África, a juntar-se à força-tarefa de caridade estabelecida pela United for Wildlife, em 2018, com o objectivo de combater o comércio ilegal da vida selvagem.

 

De acordo com o comunicado de imprensa recebido na nossa Redacção, o M-pesa junta-se, assim, a vários bancos internacionais que se associaram à causa, com destaque para o Standard Bank, Barclays, Grupo Banco Santander, o HSBC e o JP Morgan Chase, que canalizam recursos e inteligência financeira para apoiar os esforços legais de perseguir os maiores beneficiários do comércio ilegal.

 

Tida como a provedora de serviços financeiros mais popular em África, assim como a plataforma líder em tecnologia financeira, a Vodafone M-Pesa conta, actualmente, com 41.5 milhões de usuários, em sete países africanos, incluindo Moçambique. Por isso, a entrada da companhia na corrente é apontada como fundamental para combater os crimes ambientais.

 

A nota sublinha que o crime organizado se tornou numa das maiores ameaças aos animais, em África, e noutros continentes. Anualmente, o comércio ilegal da vida selvagem é avaliado entre 50 a 150 biliões de USD e é um dos cinco crimes globais mais lucrativos. (Carta)

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) entregou, esta segunda-feira, cinco milhões de Meticais ao Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD) para mitigar o sofrimento das populações da província de Cabo Delgado, vítimas do terrorismo.

 

Segundo Moisés Machava, Administrador da Empresa, as populações daquela região do país precisam de apoio de todos, razão pela qual a HCB não poderia ficar alheia a esta necessidade. “Temos a consciência de que este apoio está longe de satisfazer todas as necessidades destas populações, mas julgamos que todos nós podemos apoiar, contribuir para devolver a dignidade dos nossos irmãos naquela província”, explicou a fonte.

 

Por seu turno, a Presidente do INGD, Luísa Meque, afirmou ser mais uma conquista da sua instituição, pois, “temos estado constantemente a lançar vários apelos para que todos nós nos juntemos a esta nobre causa em nome dos nossos irmãos da região norte, em especial a província de Cabo Delgado”.

 

A gestora garantiu que o valor será investido na aquisição de mais bens para assistir os deslocados de guerra. Refira-se que os ataques terroristas já provocaram a morte de mais de duas mil pessoas e mais de 800 mil deslocados, desde 2017. (Marta Afonso)

No dia 25 de Maio 2021, foi realizado a 3a Edição do UBA África Conversations com o objectivo de celebrar a união africana, num debate entre líderes internacionais de África. Esta forum contou a participação da Sua Excelência Paul Kagame, Presidente da República do Ruanda, Dra. Ngozi Okonjo-Iweala, Directora Geral da Organização Mundial do Comércio (WTO), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director Geral da Organização Mundial da Saúde (WHO) e Dr. Makhtar Sop Diop, Director Geral da Corporação Financeira Internacional (IFC).

 

O Forum ofereceu a oportunidade para o público africano e global de ouvir diretamente dos seus ilustres  convidados sobre a relação de África com o mundo, as oportunidades, os desafios e suas próprias jornadas pessoais.

 

O tema deste ano foi ‘De África para o Mundo’ Moderado por Tony O. Elumelu, Presidente do Conselho de Administração do Banco UBA e fundador da Tony Elumelu Foundation, onde focaram também no desenvolvimento de África nas áreas da economia e finanças, comércio, saúde e na união do continente, sintetizado pelo sucesso global das carreiras dos painelistas neste evento digital.

 

S.Exa Presidente de Ruanda, Paul Kagame interviu dizendo “Nós devemos aprender deste choque que a COVID19 trouxe, investindo mais orçamento no sistema da saúde pública. É claro que o sector privado tem o seu papel importante neste sector. Esta não é última crise mundial, e a próxima não pode pegar África de surpresa”

 

A Dra. Ngozi comentou “É importante para Mundo que haja uma reversão na desigualdade desta Vacina para África poder beneficiar-se, porque não conseguiremos passar pelo processo de recuperação sem ela. Nós devemos lutar, ou obtemos mais vacinas ou passamos a produzir-lá.

 

O director da Organização Mundial da saúde também contribui “A OMS esta a trabalhar com a União Africana para criar a Agencia de Medicina Africana. Continuaremos o nosso suporte financeiro e técnico para estabelecer esta Agencia, e criar uma instituição reguladora forte em África.

 

Olhando para a economia, O director do IFC disse “Sucesso individual só é válido se for parte de um sucesso colectivo. Nós estamos aqui para servir o nosso povo, e só conseguiremos servir da melhor forma se fizermos juntos

 

Tony O. Elumelu, disse “Nós testemunhamos como os nossos jovens reeinvetaram-se face a pandemia usando os seus talentos, experiência, network e tecnologia para criar ganhos e dar suporte a comunidade que vivem. Nós temos que garantir que estes ganhas não desapareçam”.

 

O Dia da África é comemorado desde 1963 em 25 de maio em todo o continente africano e em todo o mundo. Foi inaugurado pela Organização da Unidade Africana em celebração da unidade, diversidade e beleza da África e do seu povo.

 

A UBA, com sua presença pan-africana em 20 países africanos e globalmente nos Estados Unidos da América, Reino Unido e França, continua a liderar a narrativa focada no desenvolvimento, crescimento e união de África.

 

O United Bank for Africa Plc é uma instituição financeira pan-africana líder, que oferece soluções financeiras a mais de 25 milhões de clientes, em mais de 1.000 escritórios comerciais e pontos de contacto com o cliente. O UBA está presente em 20 países africanos e 3 mercados internacionais, Estados Unidos da América, Reino Unido e França, conectando pessoas e empresas em toda a África explorando a vasta gama de soluções para individuais, MPMEs, Banca Corporativa, Comercio Internacional, Serviços de Remessa e diversos outros serviços.

O Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB), o primeiro e mais antigo parque nacional marinho de Moçambique, celebrou o seu 50 aniversário no dia 28 de Maio de 2021, coincidindo com o 10 aniversário da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), uma divisão do Governo moçambicano responsável pela conservação no país. Para comemorar a fundação do PNAB, o seu progresso nos últimos 50 anos, e o papel que o parque desempenha para as comunidades locais, um evento comemorativo foi realizado em Sitone, na Ilha de Bazaruto. Os participantes incluíram representantes do governo provincial de Inhambane, a ANAC, o governo distrital de Inhassoro e Vilankulo, os magistrados, as comunidades locais, o sector do turismo e os meios de comunicação social, entre outros.
 
O PNAB foi fundado em 25 de maio de 1971, numa acção progressiva por parte do Governo de Moçambique para proteger esta paisagem marítima excepcional - um bem natural de valor nacional e global significativo. Composto por cinco ilhas, três das quais albergam aproximadamente 5.000 habitantes locais, o arquipélago serve de santuário a milhares de espécies de peixes, baleias, raias-manta, golfinhos, tartarugas marinhas nidificantes e a última população viável de dugongos da região. A sua beleza e diversidade de vida selvagem fez de Bazaruto um destino turístico cobiçado do Oceano Índico.
 
Bazaruto registou alguns marcos importantes ao longo dos anos desde a sua fundação inicial em 1971, quando declarou uma área de 1.430km2 como o primeiro parque marinho nacional do país, reconhecendo a sua importância para pelo menos cinco espécies de tartarugas e abrigando uma população viável de dugongos em risco crítico. Em 2017, a ANAC convidou a organização de conservação, a  African Parks a celebrar um acordo de 25 anos para restaurar, desenvolver e gerir o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, e revitalizá-lo para se tornar uma das principais e mais produtivas áreas marinhas protegidas da África Oriental. Desde 2017 Bazaruto tem uma equipa significativa de guardas florestais com 53 indivíduos bem treinados, 16 dos quais são mulheres, que patrulham activamente o parque para prevenir actividades ilegais, especialmente a pesca em grande escala, dentro dos seus limites.
 
"Tivemos a honra de nos associar à ANAC em 2017 para os ajudar a concretizar a sua visão de garantir que esta paisagem significativa seja adequadamente protegida durante muito tempo no futuro", afirmou o Gestor do Parque de Bazaruto, Sr. Armando Guenha. "Este é um parque único onde milhares de pessoas estão dependentes da sua gestão e protecção, porque apoia a sua subsistência - desde os alimentos que produz até aos empregos que cria. É nosso privilégio trabalhar com o Governo para ajudar a proteger esta jóia oceânica profundamente importante, algo que eles já há 50 anos atrás viram valer a pena proteger".
 
Destaques de Bazaruto
 
  • Bazaruto é o mais antigo parque marinho em Moçambique e foi fundado em Maio de 1971.
  • A Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), que dirige a gestão dos parques e reservas nacionais de Moçambique e a African Parks assinaram um acordo de 25 anos em 2017 para restaurar, desenvolver e gerir o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto.
  • O parque contém uma variedade de habitats terrestres e marinhos que fornecem refúgio para mais de 170 espécies de aves, 48 espécies de répteis, 21 espécies de mamíferos terrestres, nove espécies de mamíferos marinhos, 500 espécies de moluscos marinhos e costeiros e 2.000 espécies de peixes.
  • O Arquipélago protege a última população viável de 250 dugongos no Oceano Índico Ocidental. O dugongo é o único representante vivo da família Dugongidae, outrora diversa, pois o seu parente moderno mais próximo, a vaca marinha Stellar, foi caçada até à extinção no século XVIII.
  • Bazaruto mantém uma equipa de guardas florestais de 53 membros, 16 dos quais são mulheres, que completaram cursos básicos de formação de guardas florestais, instrução de primeiros socorros, e alguns até mesmo de mergulho submarino. A unidade de guardas tem estado totalmente operacional no parque desde Janeiro de 2019.  
  • Quando o catastrófico ciclone Idai caiu em Moçambique em Março de 2019, Bazaruto forneceu benefícios muito para além das suas fronteiras. Foi lançada uma resposta de emergência no rescaldo imediato, entregando mais de 140 toneladas de alimentos, 1.500 kg de material médico e 2.200 kg de outros artigos essenciais a 2.900 famílias devastadas pelas cheias.(Carta)
 

A Machel Fidus em parceria com a Associação Ologa Conectar Moçambique promoveu no Posto Administrativo de Xilembene, Distrito de Chokwé, uma formação em Literacia Digital focalizada nas estudantes da Escola Secundária de Xilembene, com idades compreendidas entre os 13 aos 18 anos. A formação permitiu que as raparigas aprendessem sobre o uso da internet, as redes sociais e os perigos associados ao mundo digital como o assédio sexual, perseguições online e a divulgação não consentida de fotos íntimas que afectam particularmente inúmeras raparigas em Moçambique.

 

Esta iniciativa é levada a cabo num contexto em que a união de sinergias entre a  Machel Fidus e os seus parceiros, culminou com a  instalação de uma Torre de Wi-Fi gratuita no recinto da Escola Secundária de Xilembene em Novembro de 2020, que reflecte a importância  da componente tecnológica para o Projecto“ Um Gesto, Um  Sorriso”. Para as raparigas de Xilembene, esta foi uma oportunidade para que se insiram  num mundo cada vez mais tecnológico e possam participar activamente da promoção do desenvolvimento de Moçambique com maior segurança. (Carta)