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segunda-feira, 25 abril 2022 07:14

Edilidade de Tete explica-se sobre detenção de munícipe no comício em Chingodzi

tete

O Conselho Municipal da Cidade de Tete enviou uma “nota de esclarecimento” à “Carta”, contando a sua versão sobre a detenção de um munícipe durante um comício no bairro de Chingodzi, arredores da cidade mais quente do país. Em causa está o facto de o referido munícipe ter avançado haver conflito de interesse por parte do Edil de Tete no caso de disputa de terra entre as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e alguns cidadãos.

 

Na nota, a Edilidade nega ter detido o referido munícipe e avança que, nas suas visitas, não há casos de coação e nem de intimidação. Porém, não revela o que o referido munícipe disse durante a sua intervenção, limitando-se apenas a afirmar que se trata de uma pessoa devidamente identificada.

 

“Carta” transcreve as partes essenciais da nota assinada pelo Edil da Cidade de Tete, César de Carvalho. “No cumprimento de seu plano de trabalho, o Edil da Cidade de Tete, César de Carvalho, está a efectuar, desde o dia 6 de Abril corrente, visitas de trabalho em todas as unidades dos Bairros da Cidade de Tete, privilegiando o contacto directo com os munícipes, através de comícios populares para auscultação dos principais problemas lá existentes, tendo para o efeito, iniciado no Bairro Chingodzi. Ainda neste Bairro, no dia 12 de Abril de 2022 visitou a Unidade Nhakhumbe, onde um Munícipe devidamente identificado abordou sobre o assunto de conflito de terreno.

 

Nestas visitas, o Edil faz-se acompanhar pelos Vereadores, quadros do Município e outras instituições, tais como o FIPAG, EDM e INAS. Durante os comícios populares, os munícipes têm a liberdade de apresentar as suas preocupações ao Edil democraticamente, sendo que este é que constitui o objectivo principal das visitas e nunca se registou a ordem de intimidação, muito menos a recolha aos calabouços de qualquer munícipe”.

 

Sobre o assunto em epígrafe, existe um espaço pertencente à rádio técnica da base aérea de Tete, localizado no Bairro Chingodzi, Unidade Nhakhumbe, que foi ao longo dos tempos vandalizado por alguns populares. No entanto, foi iniciado um processo de uma nova demarcação para preservar a área não vandalizada, sendo que a parte vandalizada ficou com a população e a área de servidão militar protegida como propriedade do quartel.

 

Ainda na mesma notícia, faz-se a menção de uma possível disputa por uma residência entre a edilidade de Tete e um cidadão. Sobre o caso, informamos que não constitui verdade, uma vez que a residência se situa num local onde o Conselho Municipal da Cidade de Tete está a efectuar um processo de requalificação em continuidade do Mercado Zambeze, onde foram retiradas, na primeira fase, 111 vendedores e removido igual número de barracas e, na 2ª fase, 7 bancas, 2 residências e 2 oficinas.

 

Os vendedores retirados na 1ª fase foram enquadrados no Mercado Zambeze, uma infra-estrutura nova e moderna e outros receberam talhões no mercado Vaquina. Aos afectados na 2ª fase, o Conselho Municipal da Cidade de Tete atribuiu espaços em outros locais e apoiou com material de construção.” (Carta)

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