Apesar do contexto marcadamente desafiador, o Moza Banco continuou em 2021 apostado na melhoria e consolidação dos principais indicadores económicos e financeiros. Este é o entendimento dos Accionistas do Moza Banco depois da Sessão da Assembleia Geral Ordinária, que teve lugar esta quinta-feira, dia 31 de Março, encontro esse em que se apreciou e aprovou o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 2021.
A evolução registada em indicadores como a Solidez e Liquidez nos Resultados Brutos de Exploração e na Cobertura do Grau do Crédito Vencido denotam o compromisso assumido pelo Banco no contínuo aprimoramento dos mecanismos de gestão, tendo em vista o alcance da contínua estabilidade efectiva.
Sem prejuízo do passado recente, o Moza Banco continuou, no exercício económico de 2021, comprometido com o processo de consolidação iniciado nos últimos anos.
“O exercício económico findo foi adverso e, uma vez mais, tivemos de nos reinventar. Este serviu para reafirmar o nosso compromisso com a consolidação dos principais indicadores económicos e financeiros. Não obstante as adversidades, assinalamos notáveis conquistas espelhadas sobretudo pela evolução registada em indicadores como a solidez e liquidez, nos resultados brutos de exploração e na cobertura de grau de crédito vencido. O processo de recuperação e limpeza caminha no sentido correcto, pelo que dúvidas não devem existir no que aos objectivos pretendidos diz respeito”, disse João Figueiredo, Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco.
No ano em alusão, o Banco apostou na permanente recuperação da confiança do mercado e dos seus Clientes, com o intuito de construir uma carteira de depósitos estável e em contínuo crescimento; reconstruir a carteira de crédito, afinando a política de gestão de risco no que concerne a novas operações, mas também imprimindo um esforço elevado na actividade de recuperação e gestão de crédito vencido ou com sinais de fragilidade; e por fim, manter a forte contenção e racionalização de custos operacionais.
O Moza Banco empenhou-se ainda na modernização e implantação de sistemas tecnológicos que assegurassem uma melhor monitorização da gestão de risco em todas as vertentes da operação bancária, um factor diferenciador na oferta de produtos e serviços, dando corpo ao lema de “maior proximidade” do Cliente, facilidade na comunicação e transacção. Houve igualmente um incremento no cross selling, com uma maior penetração no património do Cliente por via da disponibilização de uma panóplia de produtos e serviços adaptados às necessidades de cada segmento e que resultarem num aumento do grau de fidelidade.
“Em matéria de gestão de risco de crédito, o Banco tem imprimido um elevado esforço na actividade de recuperação e gestão de crédito vencido, enquadrado nas directrizes estratégicas e que resultou na melhoria nos níveis de sinistralidade, tendo se registado uma redução de 16%”, acrescentou o PCA do Moza Banco.
Apesar do contexto desafiante, o Banco manteve o seu registo de crescimento, fruto da confiança depositada pelos seus Clientes, parceiros e stakeholders em geral. A nível transaccional, o Banco regista um crescimento significativo nos canais digitais, tendo registado aumentos de 117% e 62% no Moza Já (USSD) e Moza Net (eBanking), respectivamente. O Banco mantém a sua tendência de inovação no quadro de transformação digital, tendo em 2021, disponibilizado aos seus clientes, o novo canal de WhatsApp Banking, o AZAPP.
Ainda no ano de 2021, o Moza Banco continuou a marcar uma representatividade significativa em termos de quotas de mercado – activos 5,62, depósitos 5,67% e crédito 8,49% - consolidando-se assim como um Banco de referência do sistema financeiro.
Face aos elevados índices de sinistralidade na concessão de crédito, o Banco conduziu um processo de optimização do seu balanço que resultou na redução anual da carteira de crédito líquido em 10%, fixando-se em MZN 22 Mil Milhões, contra os MZN 24,4 Mil milhões registados em 2020.
A optimização deste balanço resultou numa melhoria do rácio de transformação em 4 pontos percentuais (pp), fixando-se em 75%, valor considerado apropriado no sistema financeiro nacional.
Em relação à estratégia de maior envolvimento financeiro com os seus Clientes, o Banco fechou o exercício de 2021 apresentando um rácio de liquidez de 44,55%, bem acima daquele que se encontra regularmente estabelecido que é de 25%. Por outro lado, as estratégias implementadas permitiram ainda que o Moza tivesse fechado o ano de 2021 com um rácio de solvabilidade de 23,21%, superando o mínimo definido pelo Banco de Moçambique de 12%.
João Figueiredo destacou ainda a manutenção da trajectória estratégica definida pelo Banco nos últimos anos, que se reflecte no resultado operacional alcançado, o qual apresenta um crescimento de 285% face ao exercício anterior. Este desempenho reflecte-se na melhoria do rácio de eficiência (cost-to-income) que reduziu de 100,5% registados em 2020 para níveis de 67,2% em 2021. Esta eficiência alcançada é resultado de uma maior capacidade de geração de receitas aliada a um rigoroso controlo e racionalização de custos, “O resultado líquido negativo apurado está na ordem de MZN 1.381 Milhões resultante da necessidade de reforço de imparidades para a cobertura de risco associado a uma grande operação vencida cuja recuperabilidade prevista é a longo prazo. Isolando este efeito acima mencionado, o Banco registaria um resultado líquido positivo na ordem dos MZN 105 Milhões, o que demonstra a consistência conquistada em linha com os objectivos traçados no Plano Estratégico em vigor”, finalizou o PCA do Moza Banco
A solidez do Banco foi reforçada com a realização de mais uma operação de aumento de capital social por parte dos nossos accionistas, num montante de MZN 1,953 Milhões, sinalizando assim a confiança que os mesmos depositam no Banco.