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sexta-feira, 11 fevereiro 2022 07:55

Tongaat Hulett continua longe de parar greve de trabalhadores em Xinavane

No início desta semana, “Carta” noticiou que cerca de quatro mil trabalhadores da Açucareira de Xinavane estão em greve desde 31 de Janeiro último, reivindicando o reajuste salarial e o pagamento de bónus referentes aos últimos dois anos.

 

Esta quinta-feira, voltamos a entrar em contacto com um dos manifestantes, Adino Salvador. Em conversa telefónica, o trabalhador contou que está quase a terminar a segunda semana de greve, mas a Tongaat Hulett, empresa que gere a Açucareira, ainda não satisfez as necessidades dos trabalhadores, embora continue a dar promessas. Como consequência, a greve continua.

 

“Antes de ontem [terça-feira], alguém da Direcção contactou os trabalhadores. Voltou a prometer resolver. Disse que na próxima segunda-feira iria ter mais uma reunião com o Director. Enquanto isso não acontece, nós continuamos a fazer greve”, afirmou Salvador.

 

Salvador dedica-se à produção de cana-de-açúcar em toda a sua cadeia há 15 anos naquela unidade fabril. Contou ao Jornal, lembre-se, que a greve resulta do silêncio à preocupação dos trabalhadores, apresentada em carta encaminhada, em Agosto de 2021, à direcção da Tongaat Hulett.

 

Em concreto, os trabalhadores em greve exigem o reajuste salarial dos 4.500 Meticais para 7.000 Meticais. Além disso, desde 2020 não auferem o bónus referente ao alcance de metas de produção de cana-de-açúcar, por campanha.

 

Salvador integra um grupo de chefes de famílias, de idades que variam entre 25 a 65 anos. Para este grupo a satisfação das necessidades é uma exigência urgente.

 

A Tongaat Hulett Moçambique é um dos maiores empregadores do sector privado, no sector da agricultura em Moçambique. De capitais sul-africanos, opera no país desde 1998, com 88% de participação na Açucareira de Xinavane e 85% de participação na Açucareira Mafambisse. As restantes participações são pertencentes ao Estado moçambicano. (Carta)z

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