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A confiança empresarial na actividade do comércio (que abrange o comércio a grosso e a retalho, manutenção e reparação de veículos automóveis) registou uma diminuição ligeira no quarto trimestre de 2021, depois de um incremento no terceiro trimestre, tendo o seu saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal.
De acordo com o boletim trimestral do Instituto Nacional de Estatística (INE), “Indicadores de Confiança e de Clima Económico” (ICCE), o saldo do sector do comércio caiu de 97.0 pontos registados no trimestre anterior, para 88.2 pontos no quarto trimestre de 2021.
“Essa redução da confiança no sector do comércio deveu-se à avaliação desfavorável de todos os componentes do indicador síntese do sector com maior destaque em termos de amplitude para procura actual, que registou uma queda substancial no mesmo trimestre de referência”, lê-se no documento.
Publicado há dias, o ICCE revela ainda que, no período em análise, o volume de negócios e as perspectivas de volume de negócios registaram quedas substanciais, num ambiente de aumento de preços futuros.
Como consequência dessas adversidades e não só, o INE relata que cerca de 37% das empresas do comércio enfrentou algumas dificuldades no trimestre em análise, o que correspondeu a um aumento de 5% de empresas do sector com limitação da actividade face ao trimestre anterior.
Os principais factores continuaram a ser a baixa procura (37%), a falta de acesso ao crédito (14%), a concorrência (10%) e os outros factores não especificados (22%) em ordem de importância. (Carta)
