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Actualizado de Segunda a Sexta

terça-feira, 25 maio 2021 06:43

Fitch Solutions prevê descida da taxa de juro para 12,25% em Moçambique

A consultora Fitch Solutions disse ontem que o banco central de Moçambique deverá descer a taxa de juro central em 1 ponto percentual no segundo semestre, terminando o ano nos 12,25%.

 

"A perspetiva de evolução estável para a inflação, num contexto de uma taxa de câmbio mais enfraquecida e com pouca pressão por parte da procura, vai dar espaço para uma perspetiva mais agressiva nos próximos trimestres, particularmente quando a atividade económica vai continuar fraca", escrevem os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Solutions.

 

"Antevemos que o Banco de Moçambique vá baixar a sua taxa de juro de referência em 100 pontos base, para 12,25% no segundo semestre deste ano, depois de manter a taxa na reunião da semana passada", dizem os analistas, apontando que esperam ainda que o regulador bancário "mantenha a taxa de juro em 12.25% em 2022, num contexto de fortalecimento do crescimento económico e de controlo da inflação".

 

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu na quarta-feira passada manter a taxa de juro de política monetária (taxa MIMO) em 13,25%, anunciou em comunicado o regulador financeiro moçambicano.

 

"A decisão é fundamentada pelo agravamento dos riscos e incertezas, não obstante a revisão em baixa das perspetivas de inflação no curto e médio prazo, a refletir, sobretudo, a recente apreciação do metical", refere, na nota de imprensa.

 

O CPMO decidiu, igualmente, manter as taxas de juro da Facilidade Permanente de Depósito (FPD) em 10,25% e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 16,25%.

 

O CPMO fez uma revisão em baixa da inflação, desacelerando para 5,19% em abril, após 5,76% em março, como resultado da recente apreciação do metical e a dissipação do impacto das intempéries que assolaram o país no princípio do ano.

 

Prevê-se uma recuperação mais lenta da economia em 2021, sustentada pela fraca procura interna, conjugada com a suspensão do projeto de exploração do gás pela Total, não obstante a previsão de retoma gradual da procura externa e da tendência para a contenção da propagação de covid-19. (Lusa)

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