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O Presidente Executivo da empresa, Zhang Zhiming, adiantou que com as capturas domésticas em queda nos últimos anos, a China tinha de expandir a atividade pesqueira para o estrangeiro, afirmando que “chegou a altura de nos expandirmos.” Os seis arrastões que percorreram os 6000 kms de regresso de Moçambique fazem parte de uma frota em crescimento, que em 2019 disporá já de 18 arrastões, construídos nos últimos 12 meses pela Hao Hang Yuan Yang Fishing Industry Co. A Yu Yi Industry Co. assinou recentemente um acordo de pescas com Moçambique válido por cinco anos, cujas cláusulas não foram divulgadas.
O retorno à China das seis embarcações foi marcado com uma grande cerimónia supervisionada por executivos de empresas e funcionários do Partido Comunista. As festividades de Shenzhen mostram o papel proeminente do governo na expansão da presença da China nas águas globais. O governo regional, que orquestrou a criação de Yu Yi, permitindo a fusão de Shenzhen Hao Hang Yuan Yang Pesca Industry Co. e Shenzhen Hai Zhi Xin Yuan Yang Indústria de Pesca Co., tem procurado revitalizar a indústria pesqueira local.
O secretário do Partido Comunista local, Zhou Jiangtou, afirmou que a política "One Belt, One Road" da China - que tem o objetivo de expandir a pegada comercial global do país - foi a inspiração por trás de seus planos. "Reformaremos nossas empresas industriais locais expandindo para novas indústrias promissoras, como a pesca em águas distantes", disse ele durante a cerimónia, enquanto apreciava uma linha de garoupas, lagostas e pargos de Moçambique. Também na cerimônia, o presidente da Yu Yi, Zhang Zhiming, disse que, com as capturas domésticas, caindo nos últimos anos, o esforço de pesca da China foi melhor gasto no exterior.
"Os recursos de pesca no alto mar estão caindo", disse Zhang. "Agora é a hora de expandirmos”. Os seis arrastões que fizeram a viagem de 6.000 kms de regresso de Moçambique - Peng Yuan 801, 802, 803, 805, 806 e 808 - fazem parte de uma frota crescente. A China investiu significativamente no país do Sudeste Africano, incluindo um empréstimo de 120 milhões de USD para a reconstrução do porto da Beira. No entanto, o aumento do esforço de pesca em Moçambique alarmou os grupos de conservação marinha, que afirmam que o país já está a lutar com os efeitos da sobrepesa e a falta de capacidade do governo para fazer cumprir as suas leis de pesca. (Carta)
