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terça-feira, 18 fevereiro 2025 12:10

LAM suspende voo internacional para consolidar mercado doméstico e regional

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A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vai suspender, no próximo dia 19 de Fevereiro, o voo entre Maputo/Lisboa/Maputo. A medida foi anunciada esta terça-feira (18) pela companhia, em comunicado a que “Carta” teve acesso.A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vai suspender, no próximo dia 19 de Fevereiro, o voo entre Maputo/Lisboa/Maputo. A medida foi anunciada esta terça-feira (18) pela companhia, em comunicado a que “Carta” teve acesso.

A fonte explica que a decisão faz parte da Estratégia de Reestruturação aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa, o qual encontra-se a avaliar o desempenho das rotas operadas pela Companhia aérea de bandeira, em alinhamento com o Plano de Governação para os primeiros 100 dias.

“A rota Maputo/Lisboa/Maputo faz parte do grupo das operações deficitárias, que inclui Maputo/Harare/Lusaka e vice-versa, já suspensa, bem como Maputo/Cape Town/Maputo, ainda em processo de análise. Em relação aos voos entre Maputo e Lisboa, neste momento, decorrem diligências para garantir as viagens, por vias alternativas, aos cerca de 1.080 passageiros que já adquiriram passagens. Para o caso de passageiros com impossibilidade de realizar as viagens, a LAM irá reembolsar o valor”, detalha a nota.

Segundo a LAM, a suspensão de rotas internacionais resulta da determinação da LAM em imprimir uma nova dinâmica ao negócio para optimizar a rentabilidade das operações e eficiência de gestão, para além de que representa um sinal estratégico de renovação e avanço para um futuro de aviação nacional moderna, comprometida com a melhor experiência de voos para os moçambicanos e demais clientes.

“Com efeito, o novo posicionamento da Companhia vai priorizar voos domésticos e o segmento regional, com uma forte aposta na qualidade de produtos e serviços de melhor assistência aos passageiros. Pelos transtornos causados por esta acção de força maior, a LAM apresenta sinceras desculpas aos passageiros, clientes e ao público em geral”, conclui a nota. 

A decisão da transportadora surge semanas depois de o Governo anunciar medidas de reestruturação da LAM, que consistem na venda de 91% de acções do Estado na companhia, para outras estatais, Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferros de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE). 

A venda da LAM para as referidas estatais por 130 milhões de USD é bastante criticada, alegadamente porque a medida vai transferir os problemas da companhia aérea tecnicamente falida para as outras empresas públicas financeiramente estáveis. Para os analistas, a transferência de prolemas da LAM para as outras empresas pode afectar novos investimentos nos seus sectores de actuação, bem como reduzir a sua contribuição (em dividendos) para os cofres do Estado. As críticas sobre o negócio estendem-se também ao concurso lançado pela LAM, há semanas, para a aquisição de aeronaves (em número não especificado), que estabeleceu uma semana para a apresentação de propostas para um concurso de tamanha envergadura.A LAM é a transportadora moçambicana de bandeira, membro fundador da Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA), certificada pela IOSA desde 2007, membro de Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA) e Associação das Companhias Aéreas da África Austral (AASA). 

Actualmente, a rede de voos da LAM abarca 12 destinos no mercado doméstico. Na região, voa para Joanesburgo, Dar Es-Salaam e Cape Town, preparando para breve a expansão para mais destinos. Diariamente, a LAM realiza mais de 27 voos, operados através da sua frota composta por dois (2) Bombardier CRJ900, um (1) Q400, assim como 1 Embraer 145 operado pela sua subsidiária MEX– Moçambique Expresso. (Carta)

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