Moçambique interrompeu o fornecimento de 300 megawatts de energia à Zâmbia, depois que a empresa estatal de electricidade, Zesco, recebeu uma notificação de "indisponibilidade indefinida de exportação de energia" relacionada com os cortes. Uma seca severa afectou a geração de energia hidro-eléctrica na Zâmbia, a principal fonte de energia. Isso deixou o segundo maior produtor de cobre da África dependente de Moçambique para superar o deficit energético.
Um plano de racionalização foi adoptado, reduzindo ainda mais o fornecimento para os seus clientes, disse a Zesco numa declaração no último domingo (08).
O fornecimento de energia para a região sul de Moçambique, incluindo a capital Maputo, foi cortado em cerca de um terço, já que a produção de duas importantes centrais de energia abastecidas com gás natural pela Sasol foi interrompida por protestos em curso contra os resultados das eleições de 9 de Outubro.
As centrais afectadas, Ressano Garcia e Gigawatt, usam gás natural fornecido pela Sasol para gerar electricidade, que também é exportada para países vizinhos.
Um grupo de manifestantes reuniu-se nas duas centrais, forçando as autoridades a fechá-las e reduzindo a produção de electricidade em 250 megawatts por um período indeterminado, informou, no sábado, a empresa Electricidade de Moçambique, em comunicado.
As manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, tornaram-se mortais, com pelo menos 90 fatalidades relatadas, a maioria das quais baleadas durante confrontos com a polícia. (News24)