Fixada mensalmente pelo Banco de Moçambique (BM) e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB), a taxa única de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável, a Prime Rate do Sistema Financeiro, foi calculada em 19,80% para o mês de Novembro, o que representa uma queda em relação a Setembro em que a taxa era de 20,50%.
A redução da Prime Rate representa algum alívio para cidadãos e empresas que tenham ou que pretendam empréstimos nas instituições financeiras, pois esta taxa aplica-se às operações de crédito contratualizadas (novas, renovações e renegociações) entre as instituições de crédito e sociedades financeiras e os seus clientes, acrescida de uma margem (spread), adicionada ou subtraída, mediante a análise de risco de cada categoria de crédito ou operação em concreto.
Como tem sido apanágio, a queda da Prime Rate irá influenciar na redução da Taxa de Juro de Política Monetária, mais conhecida por Taxa MIMO, em finais de Novembro corrente. Em Setembro passado caiu de 14,25% para os actaus 13,50%, devido à contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e incertezas associados às projecções mantém-se favorável.
As margens de pelo menos 14 instituições de crédito (ICSF) constantes em comunicado conjunto do BM e AMB variam, no que diz respeito ao crédito à habitação para particulares, de nulo a 6%. Ainda a particulares, a margem para o crédito de consumo varia de nulo a 10%.
Quanto ao crédito às empresas, a margem parte de 0,67% aos 5,00% para empréstimos até um ano, ou variar entre 1,00% a 6,00% para prazos maiores. De acordo ainda com o comunicado, as margens dos spreads das 14 ICSF em operações de leasing mobiliário e imobiliário partem de nulo a 5,00 %.
De acordo com o comunicado que temos vindo a citar, as margens padronizadas de taxas de juro de pelo menos cinco instituições de microfinança são mais elevadas, variando de 8,30% a 58.95%. (Carta)