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segunda-feira, 21 outubro 2024 08:26

Eleições 2024: CTA diz não à paralisação geral esta segunda-feira

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A Confederação das Associações Económica de Moçambique (CTA), uma entidade de utilidade pública representativa e aglutinadora do sector privado nacional, imbuída da sua vocação de defender interesses do empresariado nacional, diz não à “propalada paralisação geral”, convocada na última quarta-feira, para esta segunda-feira (21).

 

Trata-se de uma manifestação à escala nacional, convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, suportado pelo partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), para repudiar uma alegada fraude durante as últimas eleições gerais e legislativas ocorridas a 09 de Outubro.

 

A CTA diz que consultou os seus membros, desde o sector comercial, a associação dos empresários muçulmanos, as associações empresariais nas províncias, o sector bancário, o sector de transportes e a restauração. Todos eles, foram peremptórios que nenhum deles iria aderir a qualquer paralisação.

 

Os membros da CTA, para além de considerar mistura de assuntos políticos, repudiam este facto e apelam a todas as empresas a não adesão. Por isso, a CTA, em nome dos seus membros, repudia e condena de forma veemente a propalada convocação de uma manifestação à escala nacional, caracterizada pela paralisação de todos os serviços e actividades económicas e sócio-profissionais, em alegado protesto contra presumíveis irregularidades registadas durante o processo eleitoral cuja validação e proclamação dos respectivos resultados ainda aguarda pronunciamento dos órgãos eleitorais competentes.

 

A CTA considera que uma paralisação da actividade produtiva e empresarial à escala nacional resultaria em enormes prejuízos económicos e sociais de que a classe trabalhadora e suas famílias seriam as principais vítimas, tendo em consideração as consequências sobre a carestia da vida, impacto sobre a actividade e tesouraria das unidades económicas e produtivas que limitariam a capacidade das entidades empregadoras do cumprimento das suas obrigações salariais para com os seus trabalhadores e a capacidade do mercado de satisfazer as necessidades essenciais dos cidadãos.

 

O posicionamento da CTA foi apresentado na sexta-feira (18), cinco horas antes do assassinato do advogado de Venâncio Mondlane, Elvino Dias, e do mandatário do partido PODEMOS, Paulo Guambe, na capital do país.

 

O assassinato que tem vindo a ser associado a questões político-partidárias, levou Mondlane a endurecer o carácter da manifestação, falando no sábado passado, no local do crime. Ao invés de ser uma greve que consistiria em todos ficarem em casa, não indo ao trabalho, Mondlane convocou a todos a irem à rua com dísticos, para repudiar o crime e a alegada fraude eleitoral.

 

Este domingo, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, disse, em exclusivo à “Carta” que o posicionamento da entidade continua o mesmo, contra a “paralisação geral” para o bem da economia.

 

Em entrevista telefónica, Vuma aproveitou a ocasião para, em nome da instituição, solidarizar-se com as duas famílias enlutadas, bem como repudiar o crime. “Esperamos que seja feita uma investigação para apurar as razões do crime, bem como responsabilizar os infractores”, afirmou o Presidente da CTA. (E.C)

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