O recrudescimento da vandalização das unidades motoras associado ao último acidente ocorrido na Fronteira de Ressano Garcia/komatipoort em duas locomotivas, bem como o arremesso de pedras contra os comboios de passageiros, desfalcou a frota dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) na zona sul do país.
Informações partilhadas pelos CFM mostram que, devido à vandalização, o transporte na zona sul tem sofrido atrasos nos horários de partida e chegada dos comboios de passageiros, uma vez que o processo de reposição tem sido relativamente moroso, tendo em conta que os acessórios são adquiridos fora do país.
Por esta razão, a empresa viu-se obrigada a lançar um concurso público internacional para aquisição de vagões de transporte de carga, bem como de 10 locomotivas e duas automotoras para responder à crescente procura pelos serviços.
“A média diária de passageiros transportados só na zona sul do país saiu de 17 mil em 2022 para 21 mil em 2023, portanto, enquanto se aguarda a chegada destes meios, os CFM vão alocar uma locomotiva de transporte de carga para assegurar o movimento regular dos passageiros". (Marta Afonso)