Os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em Dezembro último, nas Cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-xai e de Inhambane, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o país registou uma inflação (subida de preços) na ordem de 1,35% (contra 0,58% de Novembro), facto que fez disparar ainda mais o custo de vida.
Segundo o INE, a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que mais subida de preços registou, ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 1,22 pontos percentuais (pp) positivos. Analisando a variação mensal por produto, a Autoridade Estatística destacou o aumento dos preços do tomate (10,0%), do coco (14,7%), da cebola (13,0%), do carapau (2,9%), do milho em grão (6,4%), da galinha viva (4,2%) e do peixe fresco (1,8%), que contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,89pp positivos.
“No entanto, alguns produtos com destaque para o limão (16,6%), o óleo alimentar (0,5%), o gás butano em botija (3,5%), os cremes amaciadores e gel para cabelo (2,1%), o ananás (27,8%), o sabão em barra (0,5%) e o Inhame (7,1%), contrariaram a tendência de aumento de preços, ao contribuírem com cerca de 0,66pp negativos no total da variação mensal”, constatou o INE.
De Janeiro a Dezembro do ano de 2022, a instituição calculou que o país registou um aumento de preços na ordem de 10,91%, influenciado pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes, ao contribuírem no total da variação acumulada com aproximadamente 6,56 pp e 2,77pp positivos, respectivamente.
Analisando a variação mensal pelos oito centros de recolha, constituídos por sete cidades e uma província que serviram de referência para a variação de preços do país, a Autoridade notou que em Dezembro findo, todas as cidades tiveram uma variação positiva face ao mês de Novembro. A Província de Inhambane destacou-se com um aumento de 2,47%, seguida das Cidades de Tete com 1,68%, de Chimoio com 1,67%, da Beira com 1,52%, de Xai-xai com 1,30%, de Maputo com 1,13%, de Nampula com 1,08% e, por fim, a Cidade de Quelimane com 1,01%. (Carta)