O Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) constatou, durante a quadra festiva, a continuação de casos gritantes de violação do peso das botijas de gás de cozinha (gás de petróleo liquefeito) no país, com destaque para a província de Sofala. Em alguns casos, botijas de 11 kg só pesavam 7kg.
“Persistem casos gritantes de situações de botijas abaixo do indicado na província de Sofala. Para o caso concreto de botijas fiscalizadas de 11 kg, tivemos situações em que apareciam botijas com cerca de 7 kg, ou seja, 4 kg a menos daquilo que é o direito do consumidor”, relatou esta quinta-feira (05) o Director-geral do INNOQ, Geraldo Albasini, durante o balanço interministerial da quadra-festiva.
No evento, havido em Maputo, Albasini não precisou o número de botijas fiscalizadas, mas em contacto telefónico com “Carta”, o Director para a Divisão de Metrologia no INNOQ, David Magaia, detalhou que, naquela província, principalmente na cidade da Beira, a equipa da instituição avaliou o peso de 90 botijas, tendo constatado que 18 apresentavam 4 kg abaixo do recomendado.
Quanto aos fornecedores, coube ao Delegado do INNOQ em Sofala, Xavier Caetano, destrinçar que das 18 botijas cujo peso foi viciado, uma é da Petrogás e 17 garrafas são da Galp.
Doravante, o Director-geral do INNOQ explicou que a instituição que dirige vai procurar esclarecimento junto das entidades que fazem o enchimento, com vista a apurar o motivo da viciação do peso.
“Nos outros locais, como Maputo, temos a situação regularizada. Estamos a trabalhar directamente com as entidades que fazem enchimento e o controle é feito na fábrica antes das botijas saírem”.
Para além do peso das botijas viciado, o INNOQ constatou que, durante a quadra festiva, persistiu o problema de bombas que fornecem combustível abaixo do solicitado, mas com maior enfoque para a cidade de Nacala, província do Nampula. “Fiscalizamos 40 mangueiras, das quais cinco foram reprovadas. Porque estávamos no momento da quadra festiva, optamos por solicitar a equipa de intervenção, fez-se o ajuste no local e as bombas voltaram a fornecer conforme”, detalhou Albasini.
Nas outras províncias, aquele gestor público explicou que a situação é controlável e os casos de reprovações são muito menores. Ainda assim, disse que, nesses locais, o INNOQ trabalha directamente com as entidades de tutela para corrigir a situação. Na ocasião, Albasini realçou que, no período entre Janeiro a Junho, decorrem as verificações periódicas de bombas de combustíveis, balanças, entre outros instrumentos de metrologia utilizados nas transacções comerciais e não só.
No contexto das verificações periódicas, a fonte apelou às entidades detentoras desses instrumentos para levarem à regularização, sob pena de incorrer em multas (no período da fiscalização), cujo valor mínimo é de 30 salários mínimos (cerca de 300 mil Meticais). “No cômputo geral, diríamos que o balanço é positivo”, concluiu o Director-Geral do INNOQ. (Evaristo Chilingue)