Os preços dos combustíveis em Moçambique poderão sofrer uma queda a partir do mês de Outubro ou Novembro, como reflexo da desvalorização, nos últimos dois meses, do petróleo no mercado internacional, avançou semana finda o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela. Com a queda do preço de produtos petrolíferos, o custo de vida também poderá reduzir, no país.
“Tendo em conta o facto de os preços desses produtos em Moçambique serem estabelecidos na base de preços reais dos últimos dois meses, e assumindo que nos últimos 60 a 70 dias verifica-se uma queda no mercado internacional, projectamos que pelo menos em Outubro e, eventualmente, em Novembro, possamos ter uma redução dos preços dos combustíveis líquidos em Moçambique e, deste modo, melhorar o padrão de vida ou a capacidade das famílias de adquirirem bens e serviços”, afirmou Tonela.
Segundo o Ministro, o preço do barril chegou a atingir 120 USD devido à guerra na Ucrânia, mas nos últimos dois meses situa-se nos 95 USD, facto que vai permitir a diminuição dos preços dos combustíveis em Moçambique e, consequentemente, o custo de vida, pois o aumento do preço de combustíveis é a principal razão da subida geral de preços de bens e serviços no país.
As declarações de Tonela aconteceram durante uma reunião com uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI), após uma visita de duas semanas. O chefe da missão do FMI para Moçambique, Álvaro Piris, mostrou-se satisfeito com os progressos registados pela economia moçambicana, assinalando a importância da manutenção da recuperação da actividade económica do país.
Durante a reunião, a equipa do FMI considerou que o país deve levar a cabo já em Janeiro de 2023 uma reforma do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA). A missão do FMI deverá apresentar um relatório de avaliação do desempenho de Moçambique nos próximos dias. Alguns países da SADC já começaram a reduzir os preços dos combustíveis. (Evaristo Chilingue)