O Governo da República Popular da China decidiu perdoar uma dívida avaliada em 7 milhões de USD, referente a um empréstimo sem juros, vencido no fim de 2021. O peso do valor perdoado é de apenas 0.39% do total da dívida de Moçambique à China, avaliada em 1.8 bilião de USD, até ao segundo trimestre de 2022.
O perdão parcial da dívida foi anunciado esta terça-feira (13), em Maputo, pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, após a assinatura, com o Embaixador da China em Moçambique, Wang Hejun, do Acordo de Perdão Parcial da Dívida em alusão e do Protocolo sobre a Cooperação Económica e Técnica no valor de 14 milhões de USD e a entrega do Certificado de 295 toneladas de farinha de trigo para a assistência humanitária.
A informação vem um mês depois de Beijing anunciar o perdão de 23 empréstimos sem juros e vencidos até ao fim de 2021, para 17 países africanos, durante o nono Fórum de Cooperação China-África.
Intervindo na ocasião, a Ministra afirmou que o gesto é mais um símbolo inequívoco da profunda amizade, solidariedade e cooperação forjadas desde os tempos da luta de libertação nacional, em que a República Popular da China concedeu o seu precioso apoio multiforme à causa da autodeterminação do povo moçambicano.
“Reiteramos o nosso profundo agradecimento aos donativos colocados à disposição do nosso país, visando diminuir a escassez de produtos alimentares em Moçambique e o perdão da dívida vai catapultar o desenvolvimento da economia nacional, aliviando o país do encargo da dívida”, acrescentou Macamo.
Por seu turno, o Embaixador da República Popular da China sublinhou que os donativos constituem uma manifestação concreta da implementação conjunta das várias medidas do Fórum de Cooperação China-África, e um verdadeiro retrato do aprofundamento e fortalecimento da amizade e fraternidade entre a China e Moçambique.
“A China continuará a expandir as formas e os campos de cooperação com Moçambique e promover, de acordo com as necessidades de Moçambique, mais projectos pragmáticos e de benefício mútuo a serem implementados em Moçambique”, afirmou Hejun, após referir-se a projectos financiados pelo seu país, como o Aeroporto Filipe Nyusi em Xai-Xai, o Instituto Politécnico de Gorongosa e o Centro Cultural Moçambique-China, todos concluídos e entregues. (Evaristo Chilingue)