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A Fitch Ratings elevou o Rating de Inadimplência de Emissor em Moeda Estrangeira para Moçambique (IDR), reflectindo a diminuição substancial das restrições de financiamento para Moçambique, com o acordo de uma Linha de Crédito Alargada de 456 milhões de dólares com o FMI, dos quais 91 milhões serão desembolsados ainda este ano. A Fitch espera que este programa libere financiamento concessional adicional de parceiros multilaterais, incluindo o Banco Mundial, após anos de acesso restrito a fontes externas de financiamento na sequência do escândalo das “dívidas ocultas” de 2016.
Esta flexibilização das restrições de financiamento externo para Moçambique coincide com um aumento dos custos do serviço da dívida externa do país em 2022 e seguintes, após expirar a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) em Dezembro de 2021.
A Fitch espera que os custos de amortização de Moçambique aumentem para 4,7% do PIB em 2022 (3% do PIB em amortizações externas) contra 4,1% em 2021 (1,6%pp em amortizações externas) antes de moderar para 4,2% do PIB em 2023 (2,7pp em amortizações externas). As necessidades brutas de financiamento do país (amortizações mais deficit fiscal) serão atendidas por meio de emissões no mercado interno e desembolsos de parceiros multilaterais, e não se prevê que o país incorra em dívida comercial externa em 2022 ou 2023.
A Fitch prevê igualmente que o crescimento do PIB acelere para 7,7% em 2024 e permaneça alto até 2026. “Esperamos que o programa do FMI sirva como uma âncora política para a consolidação fiscal gradual e o fortalecimento da capacidade institucional do soberano, fornecendo apoio adicional para redução da dívida” - diz a Fitch.
