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21 de Janeiro, 2025

Da festa na Costa do Sol até à morte em Mavalane: o destino final da Amina

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Chama-se Amina Mussagy (mais conhecida como Mimi), tinha 21 anos e residia no bairro da Costa do Sol, na cidade de Maputo. Estudante do 4º ano do curso de Relações Internacionais, o corpo dela foi encontrado sem vida, estatelado nas ruas do bairro de Mavalane, no sábado (18), após ela ter saído de sua residência na sexta-feira para a festa de uma amiga. A foto da jovem morta circulou nas redes sociais desde as primeiras horas do último sábado.

 

Elisa Emaluleque, mãe de Amina, conta que no fatídico dia a sua filha despediu-se dizendo que ia a um corte de bolo de uma amiga e, por volta das 21h00, ela se despediu dessa amiga alegando que ia para casa. A sua amiga pediu que ela aguardasse para que a irmã pudesse levá-la para casa, visto que elas se encontravam no Supermercado Marés, localizado na Avenida da Marginal, no bairro da Costa do Sol.

 

Amina recusou-se e disse que precisava voltar para casa. Quando insistiu para que ela aguardasse a boleia da irmã ou que solicitasse um Yango, a amiga contou que não a viu mexer no telefone para chamar um táxi por aplicativo. Ela saiu sozinha e ainda recusou a companhia da amiga. Preocupada, a amiga decidiu ligar para ela por volta das 21h40 para perguntar se havia conseguido chegar em casa, mas o telefone de Amina estava desligado. Ela insistiu, mas não conseguiu.

 

Quando eram 22h00, o irmão de Amina também tentou ligar, mas sem sucesso. Foi então que ele decidiu ligar para a amiga para saber algo, mas não obteve nenhuma informação. A família acabou deixando a noite passar com a esperança de que a sua filha regressaria no dia seguinte, logo nas primeiras horas, o que não aconteceu.

 

No sábado, logo cedo, a amiga de Amina decidiu entrar em contacto com a família para saber se ela havia aparecido. O irmão de Amina disse que não. O tempo foi passando e a preocupação tomou conta da família, que procurou respostas de todos os lados. Tentaram ligar para vários números (conhecidos da Amina), mas não conseguiram. Quando eram 22h00 de sábado, a família decidiu apresentar uma queixa à esquadra mais próxima. Porém, a irmã de Amina entrou no Facebook por volta da meia-noite e viu uma publicação sobre a morte de sua irmã. Ela chamou o pai para contar o que havia acontecido.

 

A mãe, ao perceber que algo não estava bem, logo se alarmou. Quando a família viu a foto, conseguiu identificar Amina pelos brincos que ela usava. Foram à morgue do Hospital Geral de Mavalane, onde reconheceram o corpo e trataram de todo o processo para o enterro que aconteceu no domingo.

 

Inconsolável por ter visto o corpo de sua filha, com a cabeça rasgada e a barriga aberta, a mãe pediu que a justiça fosse feita pela morte de sua filha. (Carta)

 

 

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