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quarta-feira, 28 novembro 2018 03:15

A Psicopatologia Política em Moçambique como status quo, entre o bem-estar e o mal-estar

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Moçambique actual é palco e laboratório social à moda da Chicago School, isto é, é a grande peça teatral onde várias personagens desempenham os seus papéis, mascarados e mascaradas. Esta radiogradia não deve ser percebida e analisada fora do ethos comportamental e percepcional dos grupos. Ou melhor, o que significa para os grupos o que consumimos diariamente através das redes sociais?

O que significa para os grupos as questões de legalidade? Que entendimentos os grupos têm sobre as políticas públicas? Que entendimentos os grupos têm sobre as questões político-partidárias? Pois as massas funcionam ou deveriam funcionar como um barómetro relevante nas questões governamentais na sua governamentabilidade ou acto de governar.

A Psicologia Política está associada a influência que a política tem no comportamento humano, nas atitudes, nas práticas, nas crencas, nas percepções, nos significados, nos preconceitos, nos estereótipos, nas crises, nas frustações associadas a acção política partidária, a acção das políticas públicas, a acção da governação e, quiçá, a acção do Estado.

Quando lemos, quando ouvimos, quando vemos uma notícia, ela impacta nas pessoas e tem este poder mágico de criar o bem-estar ou o mal-estar. Aí surge o interesse em analisar a Psicologia Política na sua dimensão sofrida ou doentia, isto é, a Psicopatologia Política. A Psicologia Política per si e a Psicolopatologia Política não são a política em si, mas é a acção política que interessa a estas áreas psicológicas. Elas não estão preocupadas com os políticos nas suas dimensões partidárias, governativa ou estadista, mas o seu interesse é o impacto e o significado da política nos indivíduos, nos grupos, nas famílias, na educação, ou seja, nos grupos sociais, nas seguintes nuances:

  • A Psicologia e a política podem ser campos de reflexão do ethosda narrativa Moçambique?
  • Os políticos moçambicanos cuidam da alma, do espírito, da moral, da ética antes e durante a acção governativa?
  • O que dirá a ‘civilização política’ deste casamento entre a Psicopatologia e a política?
  • Como analisar o desejo materno e paterno patente nos políticos face as massas (psicanálise do sentimento de posse)?
  • Pode a política criar traumas, mal-estar nos cidadãos?
  • A política é racional ou irracional?
  • Pode a loucura habitar na política?
  • Pode a Psicologia ajudar a rumar o debate político moçambicano?
  • Como os indivíduos se relacionam com a política?
  • Que tipo de personalidade tem os nossos políticos: totalitários, democraticos ou nossistas?
  • Que representações sociais têm os grupos sobre os políticos e a política?
  • Pode a Psicologia na sua dimensão sofrida e, quiçá, doente (Psicopatologia), ser útil para pensar e perceber um país que acaba de sair de Eleições Autárquicas?

A Psicopalogia Política não quer fazer política, ela emerge das curiosidades políticas, das incogruências do racional irracional. Mas, no nosso país, assim como em países jovens na óptica ocidental, e maduros culturalmente, na óptica local, não se pode cogitar pensar em comportamentos políticos sem criar curisodade e, talvez, sem intolerância na classe política, isto é, na civilização política.   

A Psicopalogia Política desafia a racionalidade e a razoabilidade muito bem proposta pelo filosófo José Castiano no respeitante a urgência de sabermos traduzir os anseios dos grupos em prol de uma sociedade que se quer cada vez mais justa pois precisamos analisar e navegar pela dimensão da Psicologia das Instituições Públicas e Políticas, precisamos pensar na Psicologia do Estado, precisamos pensar na Psicologia do Governo (para aferir se ainda estamos na Psicologia ou se já migramos para a Psicanálise).

A Psicologia e suas nuances estudam o homem na sua individualidade social, estuda o homem na sua dimensão social, cultural, tradicional, económica, mas importa frisar que o elemento-chave nestas nuances é a linguagem, a comunicação e, talvez, o papel dos mídia na socialização política. Pela comunicação, passamos a fazer as seguintes leituras:

  • A nossa política é saudável ou doente?
  • Podemos associar as eleições em Moçambique ao bem-estar ou ao mal-estar?
  • Como reagimos ao diferente?
  • Padecemos de fobiadiferente?
  • Sobres livres ou pensamos que somos livres?
  • Como se vive  a liberdade?
  • Como se constrói uma política e políticos tolerantes aos outros, tolerantes à diferença?
  • Como se configura a nossa Psicologia Política, ou seja, que conceito emerge nos grupos sobre o significado do político moçambicano?
  • Que jargões políticos temos? Existe um político de primeira e um político de segunda? A política é um campo aberto ou existem os que são os donos da política?
  • Que democracia existe no país? Uma democracia global, local ou glocal? Num contexto bilionário na cultura e na diversidade, como a nossa democracia obsorve este mundo diversificado?

‘Pela palavra criamos o igual, pela palavra criamos o desigual e o diferente’

Sir Motors

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