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quarta-feira, 22 janeiro 2020 08:16

Coronavírus: MISAU emite alerta aos principais aeroportos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda às autoridades de saúde a trabalharem com os aeroportos, área de transporte e turismo para fornecer informações de modo a reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas e reforçar a vigilância nos principais pontos de entrada.

 

Em entrevista à “Carta”, a Médica Generalista Especialista em Higiene e Epidemiologia do Ministério da Saúde (MISAU), Clotilde Da Graça Nhampule, explicou que a OMS não recomenda medidas de saúde específicas para os viajantes. No caso de sintomas sugestivos da doença respiratória, durante ou após a viagem, os viajantes são incentivados a procurar atendimento médico.

 

Seis óbitos na China

 

O Coronavírus da Síndrome Respiratória do Oriente Medio (MERS-CoV) vem sendo reportado desde o dia 29 de Dezembro de 2019. A 11 de Janeiro do ano corrente, na China, na cidade de Wuhan, foram diagnosticados 41 casos entre 08 de Dezembro de 2019 e 02 de Janeiro de 2020 que teve como consequência dois óbitos e no dia 16 de Janeiro foi reportado um caso no Japão.

 

Entretanto, até esta terça-feira, as autoridades chinesas já tinham registado seis óbitos, vítimas deste vírus. A OMS salienta que houve aumento de um número significativo de casos de infecção respiratória por coronavírus, que ultrapassam os 200, incluindo três mortes, sendo que a maioria se encontra na cidade Chinesa de Wuhan, chegando a mais de 1.7 mil casos até ao momento.

 

Diante desta situação, foi detectado o coronavírus nas cidades chinesas de Pequim e Shenzhen, em três pessoas que tinham estado recentemente em Wuhan, mas também na Tailândia, no Japão e na Coreia do Sul.

 

Segundo escreve o site oficial ‘’News Brasil’’, países como Brasil já emitiram um boletim epidemiológico do Ministério da Saúde dando conta que não há nenhum caso suspeito, mas a pasta diz que enviou um comunicado às representações das Agências de Vigilância Sanitária (Anvisa) em portos e aeroportos para que viajantes sejam orientados a tomar medidas de precauções em viagens internacionais e para a "revisão dos principais aeroportos de conexão provenientes da China para identificação e mensuração dos riscos".

 

Por outro lado, Aeroportos em Singapura, Tóquio e Hong Kong estão examinando passageiros aéreos vindos de Wuhan, e autoridades americanas anunciaram medidas semelhantes em três grandes aeroportos do país: San Francisco, Los Angeles e Nova Iorque.

 

Como se manifesta o Coronavírus

 

“Coronavírus” é um vírus que causa infecção respiratória em seres humanos e em animais. Nos humanos causa doenças respiratórias de leve a moderada no trato respiratório alto (olhos, Nariz, e garganta).

 

Segundo a Médica Generalista Especialista em Higiene e Epidemiologia do MISAU, Clotilde Da Graça Nhampule, os principais sintomas do Coronavírus são a secreção nasal, dor de garganta e febres. Num estado avançando pode causar infecção nos pulmões, causando a pneumonia.

 

O Coronavírus humano transmite-se através do ar, tosse e espiro, contacto pessoal próximo (toque, aperto de mão), contacto com objectos ou superfícies contaminadas, seguindo até ao contacto com a boca, nariz e os olhos. Porem, após a contaminação por este vírus, o paciente é colocado em encubação num período que varia entre dois a 14 dias. O diagnóstico desta doença é basicamente clínico.

 

Entretanto, uma das formas recomendadas para a redução do risco desta doença respiratória, são: a frequente lavagem e higienização das mãos, utilização de lenços descartáveis para higiene nasal, cobrir o nariz quando tossir e inspirar, evitar tocar a mucosa dos olhos, nariz e da boca, higienizar as mãos após tossir ou inspirar, não compartilhar objectos pessoais quando estiver com estes sintomas, evitar contacto com pessoas que apresentam sinais de infecção respiratória, evitar o contacto com animais de fazenda ou selvagens. Pessoas com infecções pulmonares, diabetes entre outras doenças crónicas devem evitar o contacto com camelos e áreas de celeiro.

 

Por outro lado, a OMS admite que um animal é “a fonte primária mais provável” de contágio, havendo “uma transmissão limitada de humano para humano por contacto próximo”. Não existe tratamento específico para ele, mas antivirais estão sendo estudados e poderiam ser "redireccionados". (Marta Afonso)

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