O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda formação política da oposição, comunicou a ocorrência, um pouco por todo o país, de casos de vandalização do material de campanha eleitoral do partido, consubstanciados na destruição dos panfletos fixados em todas as artérias dos municípios.
“Noutros casos fazem a colagem de outros panfletos por cima dos nossos e vandalizam as infra-estruturas do partido como é o caso da província de Gaza, o que põe em causa o processo eleitoral”, denunciou o Porta-voz do partido, Ismael Nhacucue.
Nhacucue falava a jornalistas na cidade de Maputo, tendo avançado que o MDM tem estado a acompanhar ainda com bastante preocupação a detenção de quadros do partido na cidade da Beira, província de Sofala, por motivos ainda não claros.
“Os membros já foram restituídos à liberdade depois dos trâmites legais ainda em curso, mas não deixamos de olhar esta perseguição política como sinal de alguma intimidação por todo o país. Assistimos também a detenções de quadros do partido no distrito de Chiure, na província de Cabo Delgado, e, em Dondo, província de Sofala. Essas detenções visam intimidar os membros do MDM e destruir a estratégia do partido”, disse.
Segundo Nhacucue, na província de Maputo, o partido assistiu no primeiro dia da campanha à vandalização dos símbolos do partido e agressão física a um membro do partido.
“A recolha de cartões que ocorre um pouco por todo o país visa preparar a fraude eleitoral no dia 11 de Outubro e nós estamos atentos a estas manobras e não vamos permitir que isso aconteça. Essas eleições serão muito renhidas. Queremos exortar o povo para redobrar a capacidade de controlo do processo para que não tenhamos resultados fraudulentos”. (Marta Afonso)