Um suposto terrorista capturado no último sábado, no distrito de Quissanga, disse que ele e mais três colegas que ainda continuam no mato pretendiam entregar-se às autoridades devido a questões logísticas. Ele fazia parte do grupo terrorista que circulava nos postos administrativos de Quiterajo e Mucojo, no distrito de Macomia, e foi capturado no último sábado, depois de uma denúncia de populares da aldeia Tandanhangue no distrito de Quissanga.
O mesmo foi neutralizado quando tentava se juntar à população e, durante os interrogatórios, disse que fazia parte do grupo de quatro (4) terroristas, que abandonaram as fileiras e pretendem entregar-se às autoridades.
Fontes disseram à "Carta" que o capturado avançou que os outros três colegas também se querem juntar à população de outras aldeias, tendo afirmado que, embora o número de terroristas ainda seja grande, enfrenta problemas sérios de logística alimentar.
O suposto terrorista foi depois conduzido à unidade das Forças de Defesa e Segurança na sede do distrito de Quissanga. Tandanhangue é uma das poucas comunidades do distrito de Quissanga que, apesar de intensos ataques à população, não chegou a abandonar totalmente as suas aldeias.
Falando semana passada, no Simpósio Internacional sob o lema ″Mobilizar a Inteligência Colectiva para Combater e Prevenir o Extremismo Violento e Terrorismo em África-Soluções Africanas para Problemas Africanos″, organizado pela Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (MASC) na capital moçambicana, o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, disse que o governo está ciente de que a morte do comandante dos terroristas Ibn Omar pode provocar vingança, por isso as FDS estão a pressionar o grupo nas operações em curso na região.
O governante admitiu que algumas regiões do distrito de Macomia continuam a ser alvo dos terroristas, provavelmente na zona onde os quatro elementos terão abandonado os seus colegas. (Carta)